Kendrick Lamar encerra o Lollapalooza com show histórico

  • Por Caio Menezes/Jovem Pan
  • 08/04/2019 01h30
SERJÃO CARVALHO/ESTADÃO CONTEÚDO Kendrick Lamar Kendrick Lamar foi a atração principal do Lollapalooza Brasil neste domingo (7)

A oitava edição do Lollapalooza Brasil chegou ao fim com um show histórico de Kendrick Lamar, atração principal deste domingo (7). Em sua primeira apresentação no país, o rapper se surpreendeu com o volume dos fãs brasileiros. Antes do show dele, passaram pelo Lolla Iza, Interpol, Greta Van Fleet e Twenty One Pilots.

Com um sorriso no rosto e aparentemente incrédulo com o que estava acontecendo, Kendrick Lamar fez possivelmente um dos melhores shows de sua carreira em São Paulo. O cantor falou mais de uma vez que estava muito contente por finalmente vir ao Brasil, algo que ele demorou a vida toda para fazer.

O cantor ressaltou que escolheu o Brasil para terminar a turnê pela América do Sul, que passou pelas versões argentina e chilena do Lollapalooza. Ele não se arrependeu da escolha e transpareceu a sua surpresa com os fãs brasileiros, principalmente quando a plateia toda cantou o hit “Humble” à capela.

Acompanhado por uma banda e usando poucos efeitos pirotécnicos, Kendrick Lamar levou o show no talento. No setlist, o americano deu prioridade aos álbuns “DAMN.”, de 2017, e ” good kid, m.A.A.d city”, de 2012. “To Pimp a Butterfly” e o disco inspirado no filme “Pantera Negra” também apareceram na apresentação.

No fim, Kendrick Lamar disse que não queria sair do palco e prometeu voltar ao Brasil. Pelo que ele viu nesta noite em São Paulo, é muito provável que essa não tenha uma promessa vazia.

Mais Lolla

O terceiro e último dia do Lollapalooza juntou muitos estilos. Antes de Kendrick Lamar subir ao palco principal, quem tocou lá foi Greta Van Fleet. Parecendo uma banda saída diretamente dos anos 1970, os americanos agradaram quem foi ao festival para ouvir rock – apesar dos gritos agudos que podiam ser ouvidos até por quem estava longe do palco.

No palco secundário, a atração principal foi o Twenty One Pilots. Favorita dos adolescentes, a dupla enlouqueceu a multidão que foi ao Lolla só para vê-los, e era bem fácil identificar os fãs: eles estavam usando peças de roupa pretas e amarelas, as cores oficial da banda.

Antes deles, o Interpol fez um show burocrático para fãs um pouco mais velhos, mas tão empolgados quanto os do Twenty One Pilots. A banda de Paul Banks apostou nos hits antigos, como “Slow Hands”, “Evil” e “PDA”, e fez uma apresentação ao estilo tradicional: fria e altamente técnica.

No terceiro palco, a grande atração foi Iza. Mesmo tocando antes de Rüfüs du Sol e Years & Years, a popstar brasileira foi a grande estrela do palco e quem mais atraiu gente. Sem deixar de lado os hits “Ginga” e “Pesadão”, com participação de Marcelo Falcão, a carioca focou o show em seu álbum de estreia, “Dona de Mim”, mas colocou covers de Lady Gaga, Rihanna e até Natiruts no setlist.

Com atrações para todos os gostos e noites capitaneadas pelo Arctic Monkeys, a maior banda de rock atual, e Kendrick Lamar, o melhor rapper da década, o Lollapalooza Brasil acertou no lineup e agradou quem topou pagar pelos ingressos caríssimos. Ao fim da edição deste ano, o festival confirmou pelas redes sociais que voltará em 2020.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.