Madonna chega aos 56 anos dando trabalho para as novatas

  • Por Jovem Pan
  • 15/08/2014 20h24
Divulgação

Ela já vendeu mais de 300 milhões de álbuns no mundo todo. É reconhecida pelo livro Guinness como a artista feminina mais bem sucedida de todos os tempos. Considerada um dos 25 nomes mais poderosos do século passado. É a Rainha do Pop. Com mais de 30 anos de carreira, Madonna chega aos 56 anos de idade com um histórico invejável para qualquer artista pop e sem motivos para se preocupar com a concorrência.

Veja também o especial com os principais clipes da videografia de Madonna.

Na foto, a cantora participa de ensaio fotográfico para seu álbum mais recente, o “MDNA”.

Conquistas

Em 2008, a revista Billboard classificou a cantora na segunda posição como um dos maiores artistas de todos os tempos, atrás apenas do The Beatles. No mesmo ano, ela foi introduzida ao Rock and Roll Hall of Fame. Também é a primeira artista pop bilionária da história, com uma fortuna avaliada em 1.5 bilhão de dólares.

Madonna também pegou o gosto pelas selfies e sempre ilustra seu Instagram constantemente com fotos posadas e outras mais espontâneas, como esta.

Juventude transviada

Madonna Louise Ciccone nasceu em 16 de agosto de 1958 em Bay City, no estado norte-americano de Michigan. Sua mãe morreu muito cedo, com 30 anos de idade, vítima de um câncer de mama. Posteriormente, seu pai se casou com a governanta da família e, com ela, teve dois filhos, despertando na filha um sentimento de raiva que contribuiu para desenvolver sua atitude rebelde.

Depois de ingressar na faculdade de dança na Universidade de Michigan, Madonna se mudou para Nova York, persuadida por um professor a desenvolver sua prática e conhecimentos no balé. Instalada em Nova York, assinou contrato com uma gravadora selo da Warner Bros e lançou seu primeiro álbum autointitulado em 1982, do qual se destacaram os singles “Everybody” – o primeiro da carreira -, “Holiday”, “Borderline” e “Lucky Star”.

Tendências

Aos poucos, o estilo, o figurino, as performances e os videoclipes da cantora começaram a chamar a atenção do público masculino e feminino e, na década de 1980, Madonna despontava como uma das maiores tendências da música e da moda.

Os clássicos

O reconhecimento pleno e mundial veio com o lançamento do segundo álbum, “Like a Virgin”, em 1984, que vendeu mais de 22 milhões de cópias mundialmente. O disco liderou as paradas de sucesso em vários países e tornou-se seu primeiro álbum número um na Billboard. A faixa-título do álbum ficou no topo da parada por seis semanas consecutivas. Também saíram deste trabalho os clássicos “Material Girl” e “Into the Groove”.

No vídeo, Madonna performa “Like a Virgin” no MTV Video Music Awards de 1984 e cria uma das performances mais icônicas da premiação.

Em 1985, Madonna embarcou em sua primeira turnê na América do Norte, a “The Virgin Tour”, com os Beastie Boys abrindo grande parte dos shows. “True Blue”, terceiro álbum da diva pop, foi lançado em 1986 e colocou três singles em primeiro lugar na parada da Billboard: “Live to Tell”, “Papa Don´t Preach” e “Open Your Heart”.

Polêmicas

Em 1989, o histórico de polêmicas ganhou força. O disco “Like a Prayer” trouxe um clipe para a canção homônima em que a cantora aparece dançando com cruzes cristãs pegando fogo e beijando um santo negro. Nem precisa falar que Madonna se tornou alvo de grandes críticas da Igreja Católica. E as polêmicas caíram no gosto da Rainha do Pop. Assista ao vídeo abaixo.

Sexo e sadomasoquismo

Em 1990, veio o clipe de “Justify My Love” com cenas de sadomasoquismo. Mas Madonna sempre conciliou as polêmicas com primor musical e, no mesmo ano, lançou “Vogue”, uma de suas músicas mais clássicas. Aqui a musa se destacou com os famosos passos de dança do voguing, estilo característico pelo constante uso dos braços e das poses. Na onda dos primores, em 1998, veio um de seus melhores álbuns, “Ray of Light”, ganhador do Grammy de Melhor Disco. A revista Rolling Stone o consagrou na lista dos melhores álbuns de todos os tempos.

Veja a apresentação de “Vogue” de 2008 na Sticky and Sweet Tour, em Buenos Aires.

Afronta à América

Mas no começo dos anos 2000, Madonna amargurou uma fase ruim em sua carreira musical depois de desfrutar bons resultados com “Music”. A artista lançou o criticado álbum “American Life”, fracasso de público e de vendas na América apenas porque a cantora fez uso de uma sinceridade mal interpretada pelos americanos. As explicações dos fãs na época eram que as pessoas não souberam entender o conceito do álbum. Ao longo das letras, Madonna criticava o estilo de vida americano e o clipe do carro-chefe chegou até a ser censurado por conter cenas de violência e afronta inapropriadas para serem veiculadas nos canais de TV. Veja o clipe original abaixo.

Na pista de dança

Em 2005, a musa resolveu pegar mais leve e deixou as letras polêmicas de lado. Em “Confessions on a Dancefloor”, considerado pelos fãs e pela crítica um dos álbuns mais primorosos da música pop – que inclusive levou o Grammy de Melhor Álbum Dance Eletrônico -, Madonna fez um álbum dançante e colocou todo mundo para ferver nas pistas de dança. Seus álbuns mais recentes, “Hard Candy” (2009) e “MDNA” (2012), trouxeram influências do hip hop e do dance eletrônico. Madonna tem feito questão de incluir o Brasil em suas últimas turnês, tendo se apresentado aqui em 2012 e 2008. Antes disso, a performer só tinha passado em terras tupiniquins em 1993.

Abaixo, a performance de “Hung Up” no Grammy de 2006, junto com o Gorillaz.

Cinema

O mesmo desempenho na música não pode ser aplicado no cinema. Madonna já gravou vários filmes, como “Dick Tracy”, “Quem É Essa Garota?”, “Destino Insólito”, mas recebeu críticas negativas por sua atuação. Uma das exceções foi em “Evita”, onde acabou levando para casa o Globo de Ouro. Para aumentar seu currículo, Madonna agora aposta também na carreira de cineasta. Seu primeiro filme como diretora foi “Filth and Wisdom”, cuja estreia aconteceu no Festival de Cinema de Berlim.

Madonna no longa “Evita”.

Vida amorosa

Um dos romances mais famosos da musa do pop foi com o ator Sean Penn. Eles se conheceram em 1985 durante a gravação do clipe de “Material Girl” e logo se casaram. Mas a rapidez do casamento foi a mesma do divórcio. Em 1989, eles já acertavam o divórcio. Madonna também teve um relacionamento com o ator Carlos Leon, com que teve sua primeira filha, Lourdes Maria, em 1996. Em 2000, Madonna já estava em outra e se casou com o diretor Guy Ritchie, com quem teve o filho Rocco. Juntos, também adotaram David.

Madonna e Sean Penn

Madonna e Guy Ritchie

Adoção

David foi adotado por Madonna em 2008 no Malauí, mas não sem passar por um processo judicial desgastante. No pequeno país africano, as leis exigem que os estrangeiros que queiram adotar tenham uma residência de pelo menos 18 meses no país. Na época, ela foi acusada por ONGS de ter utilizado sua fama e seu dinheiro para acelerar o processo. Madonna conheceu David Banda em 2008 e, a princípio, teve a custódia do menino. Mas só em 2008 conseguiu o pleno direito com aprovação do pai biológico.

Ao mesmo tempo que adotou David, Madonna criou a fundação Raising Malawi para ajudar as crianças do país. O seu envolvimento com o Malauí foi tanto que, em 2009, ela adotou uma segunda criança, a menina Mercy.

Abaixo, David Banda e Mercy.

E Rocco e Lourdes Maria, mais conhecida como Lola.

De galho em galho

Atualmente, a vida amorosa de Madonna é mutante. Do brasileiro e DJ Jesus Luz ao dançarino Brahim Zaibat e agora com o também dançarino Timor Steffens. Em meio à vida amorosa atribulada, só podemos desejar que Madonna tenha muitos anos de vida e torcer para que continue nos dando o melhor da música pop. Vida longa à Rainha!

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