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Paulo Ricardo sobre PA: ‘Um dos caras mais rock’n’roll que o Brasil já conheceu’
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Jovem Pan
02/06/2019 17h09
Johnny Drum - Jovem Pan
Ex-colega de grupo faleceu neste fim de semana
Na tarde deste domingo (2), o cantor Paulo Ricardo compartilhou nas redes sociais uma homenagem a Paulo Antônio Pagni, baterista da banda RPM — e, segundo ele, “um dos caras mais rock’n’roll que o Brasil já conheceu”. Conhecido apenas como PA, o músico morreu vítima de uma fibrose pulmonar.
“PA personificou como ninguém o espírito do rock’n’roll. Intenso, incansável, onipotente, superlativo, um super-herói sem superpoderes, um garoto inquieto que, quando conheci, tocava em nada menos que cinco bandas. Nos primeiros ensaios, decidimos batizá-lo de PA, pois quando alguém chamava ‘Paulo!’ ambos respondíamos. Como Obelix – personagem de quadrinho francês parceiro de Asterix, Uderzo e Goscinny que quando bebê caiu no caldeirão da poção mágica do druida Panoramix – nada parecia afetá-lo”, diz o cantor na publicação.
Na sequência do longo texto, conta que o amigo era “incrivelmente musical” e poderia ter escolhido qualquer outro instrumento, “mas, sem dúvida, a bateria foi a escolha perfeita pra canalizar tanta energia”. Diz ainda que, com a morte dos pais, ele “ficou praticamente sozinho, sem filhos ou mulher que o pusesse na linha” e trocou a casa no Ibirapuera por um sitio em Araçariguama “onde vivia cercado de animais como um dr. Doolittle tupiniquim”.
Paulo Ricardo relembra que eles também trabalharam juntos no projeto indie PR5 e no último trabalho do RPM, o CD e a turnê “Elektra” de 2011, encerrada em 17 de março de 2017 no cruzeiro Energia na Véia. “Por um capricho do destino”, de acordo com suas palavras, foi ali, no palco, a última vez que se viram.
“Fica a lembrança de um grande irmão, grande baterista, de enorme musicalidade, amante da natureza e dos animais e, sem dúvida nenhuma, um dos caras mais rock’n’roll que o Brasil já conheceu. Descanse em paz, Gnomo, na mágica floresta do rock”, conclui.
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