Perdoado? Há 14 anos, Justin Timberlake e Janet Jackson forçavam mudanças no Super Bowl
Responsável pelo maior escândalo envolvendo o show do intervalo do Super Bowl, quando expôs um dos seios de Janet Jackson na performance de 2004, Justin Timberlake se prepara para voltar ao palco do evento neste domingo (4) com a certeza de que foi perdoado pela NFL e as emissoras americanas.
Há 14 anos, o cantor dava seus primeiros passos longe da boyband N’Sync, que encerrou suas atividades em 2002, e foi convidado para fazer uma participação no show de Janet no Super Bowl. Como previsto, a performance foi um sucesso – até os segundos finais.
Timberlake puxou uma parte da roupa de Janet Jackson e expôs um de seus seios ao vivo. As discussões sobre isso perduram até hoje: o cantor alega que foi um “problema de vestuário”, o representante da cantora diz que a intenção era que somente a parte de cima da roupa fosse tirada para mostrar o sutiã vermelho da estrela, e o representante da CBS diz que essa parte não estava nos ensaios de aprovação – indicando que seria realmente uma surpresa para todos.
Seja como for, a exposição de um dos seios de Janet Jackson por Justin Timberlake no evento causou um grande tremor nos bastidores. O caso que ficou conhecido como “nipplegate” pode ter durado menos de 1 segundo, mas as medidas de segurança adotadas por todos os responsáveis pelo evento dura até hoje.
Show ao vivo? Não completamente
Para evitar que qualquer acontecimento como o “nipplegate” se repita, desde 2004 todas as emissoras que transmitem o Super Bowl são obrigadas a forçar um atraso de 5 minutos na transmissão do show do intervalo. Assim, é possível impedir que desastres sejam televisionados ao vivo – e para o show de Justin Timberlake em 2018 a NBC confirmou que usará a regra.
MTV demitida
A MTV americana foi responsável por ajudar a produzir alguns dos shows do intervalo – e o de Janet Jackson e Justin Timberlake foi um deles. Assim, a emissora foi considerada uma das culpadas por permitir que o “nipplegate” fosse televisionado e imediatamente a NFL impediu que a emissora voltasse a participar do evento.
Processo de quase 10 anos
Por quase uma década, a CBS, responsável por transmitir o evento em 2004, se viu em uma batalha judicial por conta do escândalo. A Comissão de Comunicação Federal Americana (FCC) multou a emissora em US$550 mil e a luta judicial só se resolveu em 2011, quando a Justiça decidiu a favor da CBS e a FCC perdeu o caso.
Alerta constante nos bastidores
Seja qual for o artista escolhido para se apresentar no Super Bowl, todos são relembrados do “nipplegate” durante as conversas iniciais como uma forma de alertar para que o caso não se repita. A cada ano, a NFL deixa clara de forma inequívoca para cada convidado musical que eles não devem esconder nenhuma surpresa da organização do evento.
Negociações delicadas
Nos anos que se seguiram ao “nipplegate”, as publicações americanas são unânimes em afirmar que a relação entre o evento, as emissoras americanas e os artistas sofreu uma queda de confiança. Felizmente, a NFL não teve problemas em conseguir grandes atrações para o show do intervalo, que contou com Paul McCartney (2005), Rolling Stones (2006) e Prince (2007).
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