Entenda a treta entre Taylor Swift e a gravadora Big Machine

Em troca pública de acusações, Taylor Swift diz que sua antiga gravadora a proibiu de tocar músicas dos primeiros seis álbuns; empresa nega diz que a cantora deve milhões de dólares

  • Por Jovem Pan
  • 15/11/2019 16h59
EFE Taylor Swift fez acusações contra sua antiga gravadora, a Big Machine

Taylor Swift usou o Twitter na noite desta quinta-feira (14) para expor a briga que está tendo com a gravadora Big Machine, com quem trabalhou nos seis primeiros álbuns da carreira.

Em um texto divulgado na rede social, a cantora afirmou que a empresa proibiu que ela cantasse músicas dos discos no American Music Awards (AMA), premiação na qual Swift receberá uma homenagem, em 24 de novembro. A americana ainda revelou que a gravadora não permitiu que ela usasse as canções antigas em um documentário que a Netflix está produzindo sobre sua carreira.

As acusações de Taylor Swift têm um alvo: os empresários Scooter Braun e Scott Borchetta. Braun comprou a Big Machine por US$ 300 milhões (cerca de R$ 1,2 bilhão) e adquiriu os direitos sobre as músicas antigas da cantora. A relação entre os dois nunca foi boa, tanto que a artista afirmou que iria regravar os discos lançados pela gravadora para voltar a ter os direitos sobre o trabalho. Já Borchetta é o fundador da Big Machine.

Depois do post de Taylor Swift, a Big Machine respondeu dizendo que nunca proibiu a cantora de apresentar as músicas no AMA ou de usá-las no documentário. “Na verdade, nós não temos o direito de proibir Taylor Swift de fazer apresentações”, diz uma nota da empresa, que ainda reforça que a gravadora vem atendendo a todos os pedidos da artista desde que o contrato com ela acabou.

O texto ainda diz que a cantora deve milhões de dólares à empresa e acusou Swift de ter incitado o ódio contra a gravadora, uma vez que a nota divulgada pela artista pede para que os fãs “mostrem para Scott Borchetta e Scooter Braun como se sentem em relação à situação toda”. “Taylor tomou uma decisão unilateral de chamar seus fãs de uma maneira calculada que afeta muito a segurança dos nossos empregados e das famílias deles”, diz o texto.

Em resposta, um representante da artista divulgou um e-mail enviado pela Big Machine à equipe dela no dia 28 de outubro dizendo que a empresa não concordaria em licenciar as músicas antigas para dois projetos: o documentário da Netflix e uma apresentação que Swift fez em um evento da empresa Alibaba. No show, ela cantou três músicas de “Lover”, disco lançado neste ano e que não pertence à gravadora, para evitar problemas.

A nota da equipe de Taylor Swift ainda diz que é a gravadora quem deve dinheiro para a cantora. “A Big Machine está tentando fazer com que a situação pareça uma disputa relacionada a dinheiro, mas um auditor independente determinou que a empresa deve US$ 7,9 milhões à Taylor por royalties que não foram pagos ao longo dos anos”, diz.

Os seis álbuns de Taylor Swift que estão sob o controle da Big Machine são “Taylor Swift” (2006), “Fearless” (2008), “Speak Now” (2010), “Red” (2012), “1989” (2014) e “Reputation” (2017). Agora, a cantora tem contrato com a Republic Records, que lançou “Lover” neste ano.

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