Tom Morello conta ter sofrido racismo na infância: 'faziam piada do meu cabelo'

  • Por Jovem Pan
  • 17/08/2015 08h13
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Divulgação

O músico Tom Morello, ex-integrante da banda Rage Against The Machine, comentou que começou a militar por causas sociais desde quando era criança.

“Meus amigos frequentemente me perguntam, ‘Ah, como você ficou politizado? Foi lendo Noam Chomsky?’ Foi quando eu estava no jardim de infância no playground e as pessoas me xingavam e faziam piada do meu cabelo e da cor da minha pele. Foi com essas experiências bem iniciais que eu comecei a pensar: ‘Cara, isso não está certo'”, falou para a revista Rolling Stone.

O músico, então, disse ter contado com a colaboração da família para superar situações de racismo e discriminação. “A boa notícia é que eu tinha uma mãe chamada Mary Morello que ainda é a pessoa mais radical da família. Uma vez, uma criança estava me chamando de “neguinho” e estava me batendo. Eu falei para a minha mãe e ela ficou furiosa.”, considerou. “Achei que ela ia contar para o diretor (da escola), mas ela me mandou falar algo para o menino, alguma coisa como ‘racista idiota’, não me lembro. Era algo que eu tinha que decorar, porque eu não sabia o que significava”, completou.

O gesto característico do artista, de levantar o punho durante as apresentações, também foi ensinado por sua mãe, segundo reportou para a Rolling Stone. 

Morello compôs recentemente a música “Marching on Ferguson”, em homenagem ao jovem negro norte-americano Michael Brown assassinado pela polícia, em 2014, em circunstâncias suspeitas.

Quando tocou no Brasil, em 2010, o artista declarou apoio ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e, inclusive, se apresentou no SWU com um boné do grupo.

Relembre a canção de Morello para Mike Brown:

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