Musical “Wicked” prorroga temporada até dezembro
Myra Ruiz já se acostumou com a maquiagem verde que cobre quase todo seu corpo para viver Elphaba, assim como Fabi Bang se sente mais à vontade com as transformações vividas por Glinda, sua personagem – as duas atrizes são as protagonistas de “Wicked”, fabuloso musical em cartaz em São Paulo, que acaba de completar 100 apresentações desde março, quando estreou. Nesse período, atraiu mais de 160 mil espectadores. Por conta disso, a temporada foi estendida até o dia 18 de dezembro.
Os números nacionais contribuem para engrossar o sucesso internacional de “Wicked”, um dos mais bem-sucedidos musicais recentes da Broadway, em que estreou em 2003. Visto por mais de 50 milhões de pessoas no mundo e com um faturamento superior a US$ 4 bilhões, Wicked tem atualmente sete produções ao redor do planeta.
“A legião de fãs também é muito grande no Brasil”, conta Fabi, que já sente mais à vontade com o papel de Glinda. “No período de ensaios, eu era uma atriz buscando descobrir um personagem cheio de nuances. Agora, já me sinto segura em relação ao papel e, por isso, estou na fase de descobrir os dos outros atores – agora, presto mais atenção aos diálogos dos meus colegas.”
Fabi exerce com talento o papel de Glinda, a fada boa, que criará uma agitada amizade com Elphaba, a moça que se tornará na “Bruxa Má do Oeste”, papel defendido com rara desenvoltura por Myra Ruiz. O bom observador vai relacionar a “Bruxá Má do Oeste” com “O Mágico de Oz”, romance que inspirou um clássico do cinema.
De fato, “Wicked” é inspirado no romance do mesmo nome, publicado em 1995, por Gregory Maguire. Fã do livro e do musical “O Mágico de Oz”, ele se interessou em saber o que se passava na terra mágica antes da chegada da garotinha Dorothy. Assim, a história se concentra em duas meninas que acidentalmente cruzaram seus caminhos: uma bonita e popular e a outra, esperta e… verde-esmeralda. A primeira se transforma em Glinda, a fada boa, e a amiga, em Elphaba, a “Bruxa Má do Oeste”. “Ao longo dos dias, nosso entrosamento foi ampliado, o que é muito importante para mostrar de forma convincente as mudanças que marcam a trajetória das duas”, comenta Myra. O bom relacionamento entre elas foi uma das metas fixadas pela diretora americana Lisa Leguillou, codiretora da montagem original da Broadway e agora responsável pelas versões montadas ao redor do mundo – ela acompanhou todo o período de ensaio da versão brasileira.
Depois de uma centena de apresentações, é normal que aconteçam substituições no elenco, sejam pontuais, sejam definitivos. “O lado positivo dessas movimentações é que isso nos obriga a ficar atentos à interpretação, pois os novos atores trazem uma forma diferente de portar em cena e de dizer os diálogos”, diz Myra.
Além dos efeitos especiais, a versão brasileira de “Wicked” ostenta curiosos detalhes, como toques nacionais (uma inevitável cena com samba e outra com uma brincadeira que termina com beijinho no ombro) e o maior cenário entre todas as montagens mundiais, graças ao tamanho do teatro Renault.
E a tão esperada versão cinematográfica de “Wicked” já tem data de estreia mundial: 20 de dezembro de 2019. O anúncio foi feito nesta quinta (16), pelo cineasta Stephen Daldry, que vai dirigir o filme, e pelos estúdios Universal. Por enquanto, ainda não foram anunciados nomes para o elenco. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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