‘Não sei se o capitalismo deu certo, tem gente passando fome’, diz Supla
Em entrevista ao Pânico, cantor falou sobre sua nova música ‘Eles Querem Que Eu Seja Um Político’ e revelou se pretende seguir carreira política
Nesta sexta-feira, 22, o programa Pânico recebeu o cantor Supla. Em entrevista, ele criticou e revelou estar triste com cenário político brasileiro. “É um desabafo mesmo. A política vem desde os primórdios, é importante para a nossa vida. Nosso país é maravilhoso e a gente não consegue se acertar, cara. Há quantos anos a gente escuta que o Brasil é o país do futuro e não consegue se acertar?”, desabafou. O artista contou também sobre uma viagem feita a Los Angeles, onde se assustou com o número de pessoas em situação de rua. Para ele, isso prova que a miséria é um problema da humanidade e do capitalismo. “É uma coisa da humanidade. Não sei se o capitalismo deu muito certo, porque tem gente passando fome.”
Após rumores de que concorreria a um cargo nas eleições de 2022, Supla respondeu através de sua nova música “Eles Querem Que Eu Seja Um Político”. “Ano passado, começou a ter um boato que eu ia entrar na política e resolvi dar minha resposta com a minha vocação, que é a música mesmo”, contou o cantor. “Eu sempre fiz política. Nas minhas letras, eu já faço política. Sempre deixo claro minhas posições. Também quero realizar muitas coisas artisticamente, eu não conseguiria ser 100% honesto para entrar na política como me imagino fazendo política, entende? Não seria o momento para fazer isso. Me considero político, mas trabalhando política da minha forma. É assim que eu me vejo”, esclareceu.
O roqueiro ainda deixou um recado para seus fãs e incentivou o voto consciente. “Pensem muito bem em quem vocês vão votar, para poder cobrar de quem você está votando. Acho mais importante para o Brasil é que a pessoa que seja eleita pense no povo de verdade, que tente ajudar os mais necessitados. Eu realmente penso assim, [olha] o plano de renda mínima do meu pai”, lembrou, sobre a Renda Básica de Cidadania, projeto defendido por Eduardo Suplicy. “Eu moro no centro, vejo todo dia. O surreal virou normal, você anda e as pessoas estão largadas no chão, você não sabe se está vivo ou morto. Me toca muito.”
Confira na íntegra a entrevista com Supla:
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