Nenê da Vila Matilde conta história de Moçambique a partir do Baobá

  • Por Jovem Pan
  • 14/02/2015 06h35
SÃO PAULO,SP,14.02.2015:CARNAVAL-NENÊ-VILA-MATILDE - Carnaval 2015. Grupo Especial. Desfile da escola de samba Nenê de Vila Matilde, no sambódromo do Anhembi, em São Paulo (SP), neste sábado (14). (Foto: Marcos Bezerra/Futura Press/Folhapress) Folhapress Nenê de Vila Matilde fecha desfiles exaltando Moçambique

Encerrando o primeiro dia de desfiles do Carnaval de São Paulo, no Sambódromo do Anhembi, a Nenê de Vila Matilde entrou na avenida às 6h (de Brasília) e apresentou o enredo “Moçambique – A Lendária terra do Baobá sagrado!”, homenageando o país africano.

A escola trata da história de Moçambique por meio do Baobá, árvore milenar que é símbolo do país. Além disso, a chegada do Baobá para o Brasil, devido aos escravos na época da colonização, também foi apresentado pela agremiação.

A Rainha de Bateria foi Ariellen Domiciano, sendo que outros destaques foram a apresentadora Livia Andrade e a ex-BBB Clara Aguilar.

A Nenê de Vila Matilde é a segunda escola com mais títulos no Carnaval de São Paulo, com 11 troféus ao todo, ficando atrás apenas da Vai-Vai, que faturou 14.

Confira o samba-enredo da Nenê de Vila Matilde:

É Moçambique, a força e a fé

No show da Nenê tem samba no pé

Por minha glória eternizar

“Águia guerreira”, pra sempre vou te amar

 

Sou baobá da criação

Eu sou a árvore da vida

Um feiticeiro, um guardião

A minha história vai contar

Negros bantos, outros tantos suaílis vi

De longe vi alguém chegar

Oh mussa que se apresentou

E o sultão das mil e uma noites fez

Da minha terra seu lugar

Mercado popular, um dia se tornou

O vendedor de ilusões

Deixou nos corações uma ponta de dor

 

Bate o tambor camará

Som de batuque no ar, o samba começou

A zona leste chegou, é Moçambique

Vila Matilde amor

 

De sombra e abrigo perante a invasão eu vi

O dragão da maldade

Matiz do vermelho, raiz da ambição

Mas outra tonalidade chegou pelas praias,

Os mares sangrou

A nossa gente guerreira, ergueu a bandeira,

Venceu o opressor

Eu canto a liberdade dos leões

Um canto a quebra dos grilhões

E os ancestrais a me guiar

Ver como se faz uma nação

Sem esquecer que aqui no chão,

Sempre haverá um baobá

Futuro me faz aprender,

Sementes vão frutificar

Sorriso aberto ao novo despertar

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