No aniversário de 20 anos de morte de Tom Jobim, Ipanema ganha estátua do cantor

  • Por Jovem Pan
  • 08/12/2014 09h01
tom jobim

Nesta segunda-feira (08) faz 20 anos que o Brasil e o mundo perderam Tom Jobim, o compositor mais influente da música brasileira do século XX. Gravado pelos nomes mais importantes do cenário nacional, seu talento fez suas canções chegarem a outros continentes e idiomas.

Foi seu encontro, em 1956, com o poeta Vinícius de Morais que mudou a música brasileira e a vida do Maestro para sempre. A parceria da dupla no musical Orfeu da Conceição lançou a bossa nova para o mundo.

Tom falou no programa O Fino da Bossa, da Jovem Pan, sobre como surgiu essa denominação: “O termo vingou, ficou uma coisa que definia o que era. A bossa nova seria então o João, com aquela batida, depois se chamou bossa nova, o movimento todo, inclusive as letras do Vinícios e outras coisas além daquela batida.”

Antônio Carlos Brasileiro Jobim era seu nome completo – o sobrenome “brasileiro” foi inventado por seu avô. Em 1964, competindo com os Beatles, os Rolling Stones e Elvis Presley, Tom ganhou o Grammy de Música do Ano com Garota de Ipanema. Frank Sinatra, depois de gravar os songbooks de grandes mestres americanos, dedicou dois álbuns à obra de Tom Jobim.

Tom falou um pouco sobre seu trabalho nos Estados Unidos e a ligação com o Brasil: “Esses discos eu fiz com enorme sacrifício nos Estados Unidos, discos como Matita Perê, Urubu. São discos que não são comerciais, cantados em português, falando de pássaros brasileiros, coisas que os americanos não iam entender nunca, né. No fundo, no fundo, eu tô fazendo disco pro Brasil. O urubu, o boto, tudo isso são coisas que eu estimaria que fossem tocadas e ouvidas no Brasil. No entanto, eu não creio que o brasileiro esteja interessado nem na Amazônia nem no Matita Perê, acho que todo mundo tá interessado num fusca, num apartamento no Leblon.”

Uma estátua em homenagem ao cantor, compositor, maestro e arranjador será inaugurada na orla da Praia de Ipanema nesta segunda-feira, no Rio de Janeiro. Foi ali que, em 1962, Tom viu “a coisa mais linda e mais cheia de graça”, uma menina que veio e passou “num doce balanço a caminho do mar” e a música brasileira nunca mais foi a mesma.

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