No sambódromo, Unidos de Vila Maria abordará o enredo “Só os diamantes são eternos na química divina”

Carnavalesco Lucas Pinto e a bandeira da escola Unidos de Vila Maria

Responsável por abrir a segunda noite de desfiles do Carnaval de São Paulo, a Unidos de Vila Maria abordará o enredo “Só os diamantes são eternos na química divina”. Pelo segundo ano, o projeto é desenvolvido pelo carnavalesco Lucas Pinto, que contou detalhes aos ouvintes da Jovem Pan.

“A ideia é que a gente comece logo de pronto a apresentar o diamante. O diamante é muito envolvente,  desperta vários sentimentos”, diz Pinto, explicando que a vaidade, o ódio, a ganância, o amor, a beleza e a luxúria farão a composição do cenário. 

Ainda de acordo com o carnavalesco, a Unidos de Vila Maria vai fazer uma espécie de volta ao mundo para mostrar ao público alguns dos principais países que têm os diamantes como parte da cultura. “Vamos entrar pelo caminho da Grécia, aonde os diamantes eram entendidos como faíscas de estrelas caídas do céu. Depois, nós temos os romanos, que trazem toda essa cultura dos diamantes e levam isso para o mundo ocidental. Aí nós vamos passar pela Índia, que foi o grande fausto dos diamantes quando o imperador manda construir um palácio em amor a sua mulher, que é o grande Taj Mahal”, comenta. 

O Brasil Colônia também vai ser abordado durante a apresentação da escola, trazendo a escrava Chica da Silva e os vários estados brasileiros que ainda produzem diamantes. O próximo país a ser apresentado no sambódromo será a África. 

Segundo Pinto, após toda essa análise dos diamantes a escola abordará Deus e as faces da lapidação. “Deus faz teu coração na forma de um diamante para que você o lapite diariamente. E essa lapidação pode parecer muito natural na vida da gente e a gente não percebe essas transformações. Mas essas transformações acontecem no dia a dia”, afima. O carnavalesco também diz aos ouvintes Jovem Pan as teorias de dois grandes pensadores. 

No último carro a ser apresentado no sambódromo, a Unidos vai fazer uma homenagem aos humildes, pessoas que, segundo o carnavalesco, dedicam a sua vida na transformação da humanidade e do ser humano. Entre essas pessoas estariam Jesus Cristo, Dalai Lama, Madre Teresa de Calcutá e o Buda. Ouça o áudio completo na reportagem.