“Nós artistas não podemos estar separados pela empresa”, diz Marcelo Adnet

  • Por Jovem Pan
  • 02/02/2016 11h57

Com muitas sátiras intercaladas em esquetes Divulgação/Gshow “Nós artistas não podemos estar separados pela empresa”

Revelado pela extinta MTV, em meados de 2008, Marcelo Adnet já havia passado pela Globo nos anos anteriores, mas foram os últimos anos na emissora teen que o projetaram para ser um dos humoristas mais exaltados da atualidade.

“Dizem alguns que sim, mas vai saber, isso é tão relativo, essa ‘crista da onda’”, minimizou o ator, em entrevista ao Morning Show nesta terça-feira (2).

Acompanhado de um time de talento, como Marcius Melhem, Danton Mello, Georgiana Goes, Renata Gaspar e Welder Rodrigues, ele assina o roteiro do badalado “Tá no Ar”, que tem quase um ano de existência e busca inspiração em quadros clássicos da TV aberta.

“Acho que tem essa característica de brincar, tocar nesses assuntos que a grande mídia não toca, e um programa humorístico tem essa liberdade. Decidimos não fazer uma imitação direta, mas ao gênero. Aquele João Kleber, por exemplo, é uma inspiração genérica ao personagem que ele lançou, é ao estilo”.

Ressaltando a liberdade que a direção dá para o elenco, o ator revelou que eles tiveram a ideia de convidar Carlos Alberto de Nóbrega, de “A Praça é Nossa”, do SBT, para homenageá-lo por seus 80 anos e que o resultado foi lisonjeante.

“Foi demais recebê-lo e ver a emoção dele ao ser reconhecido, feliz em receber uma homenagem muito bonita da concorrência. Nós artistas não podemos estar separados pela empresa. Acho que a gente precisa reconhecer e homenagear as pessoas em vida. É muito fácil quando morre alguém, você fazer um tom triste no Jornal Nacional, quando você ignorou a pessoa a vida inteira. Eu não vejo sentido nessa censura porque a pessoa trabalha em outra empresa”.

Novos horizontes

Prestes a estrear também um talk show na grade da emissora, Adnet exalta o trabalho feito pelos colegas, como Danilo Gentili, e ressalta o quanto isso é importante para o desenvolvimento de novas linhas criativas.

“O Brasil precisa de uma modernização e tentar mais coisas. Ainda é um formato muito americano, falta percorrermos um caminho ainda. É um tipo de programa incerto, depende do cotidiano, do noticiário, da relação com o público”.

Questionado sobre o apoio dos artistas para participarem da atração, ele é positivo: “A classe artística precisa de alguém em quem confiar, o artista brasileiro é muito ressabiado, vivemos em uma era em que as pessoas fazem esforço para não entender as coisas. Então falta, na verdade, um espaço onde eles possam falar e se expressar, sem tomar uma torta na cara ou ser vítima de uma fofoca maldosa”.

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