Nova série brasileira e mais: 5 coisas que aprendemos com o fundador da Netflix
Reed Hastings, CEO e fundador da Netflix, participou de um encontro com jornalistas nesta terça-feira (7) e, entre outras coisas, anunciou que a empresa seguirá forte nos investimentos no Brasil. Prova disso é a nova produção nacional: a série “Samantha!”, principal novidade do evento.
A trama, sem data de estreia, acompanhará a história de uma garota – ao que tudo indica desde sua infância – até o fim da adolescência, quando ela casa com um jogador de futebol famoso, mas que passou dez anos preso (por um crime ainda não revelado). As interações do casal, prometeu Reed, serão bastante cômicas. Nada de drama.
“Será uma série que vai levar a cultura brasileira para o mundo”, acredita Reed.
Este foi, sem dúvidas, o grande anúncio, mas não ficou por aí. Reed Hastings, ao compartilhar a história da Netflix, deixou clara a postura da empresa para diversos assuntos.
A Jovem Pan destaca cinco novidades da Netflix que descobrimos:
1. A Netflix sabe o que quer
A Netflix tem uma coisa bem clara, segundo Rastings. “Queremos ser os melhores em filmes e TV”. O que isso significa? Não espere um telejornal ou um jogo de futebol via streaming. Não é essa a ideia e nem será. O intuito é de compartilhar o melhor conteúdo de entretenimento, sempre on demand.
2. Brasil em alta
Não à toa o Brasil foi o primeiro mercado escolhido para a grande expansão mundial da Netflix. Chamado por Hastings de um “foguete em ascensão”, o mercado brasileiro está cada vez mais valorizado. Além de “Samantha!” e da segunda temporada de 3% – “a história se provou universal, já que fala de comportamento humano. E fez sucesso também na Europa e EUA”, afirmou Reed –, há ainda a série sobre a Lava Jato.
Dirigida por José Padilha e com expectativa de estreia para o fim deste ano, Reed acredita que “é certeza que será controversa” e que também possui um enorme potencial de ter abrangência global.
3. A concorrência é algo bom
O fundador da Netflix não está preocupado com a concorrência da Amazon ou mesmo da Apple (que ainda não começou a produzir conteúdo original). Ele explicou que a missão da empresa é de continuar apostando no melhor conteúdo original possível.
E ainda brincou: “vocês se lembram de alguma noite em que deixaram de ver Netflix? Pois é”.
4. Números não importam
São 40 milhões de assinantes da Netflix no mundo e “um pouco mais do que isso” nos EUA. Esses são os únicos números divulgados por Reed Hastings. Não há o menor intuito da empresa mostrar audiências específicas de cada série, por exemplo.
A palavra-chave aqui é compartilhamento global. Para ilustrar seu pensamento, Reed contou que foi ao restaurante D.O.M., de Alex Atala, que participou de um dos episódios do documentário “Chef’s Table”. Ao encontrar o brasileiro, Hastings disse que Atala contou que a série “mudou sua vida”. Porque, agora, o mundo inteiro o conhece.
Esse alcance global é onde a Netflix mira, muito além dos números.
5. Postura Anti-Trump
A Netflix está ao lado de outras empresas em ação na Justiça contra a ordem do presidente dos EUA Donald Trump que proíbe a entrada de imigrantes de origem muçulmana no país. Hastings deixou claro que está é uma postura tanto “do ponto de vista humano”, quanto do de negócios, já que se perde comercialmente com a lei de Trump.
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