O Oscar em números: 19 indicações para Meryl Streep e recorde de estreantes
A 87ª edição do Oscar terá a presença certa da atriz que mais recebeu indicações na história da premiação, Meryl Streep, com 19, e de um bom número de estreantes: Michael Keaton, Benedict Cumberbatch, Felicity Jones e Eddie Redmayne.
Se Meryl ganhar este Oscar, de melhor atriz coadjuvante por “Caminhos da Floresta”, se uniria a Katharine Hepburn no seleto clube de intérpretes com quatro estatuetas. Mas Hepburn as obteve todas como protagonista e Meryl tem uma como coadjuvante.
Além disso, nessa edição, nada menos que nove atores e atrizes foram indicados pela primeira vez.
Quatro dos atores indicados a melhor ator principal nunca haviam sido indicados pela Academia: Michael Keaton, por “Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)”; Steve Carell, por “Foxtcacher”; Benedict Cumberbatch, por “O Jogo da Imitação”, e Eddie Redmayne, por “A Teoria de Tudo”. Só Bradley Cooper (“Sniper Americano”) sabe como ficam os nervos na noite do Oscar, e pelo terceiro ano consecutivo.
Duas atrizes protagonistas – Felicity Jones, por “A Teoria de Tudo”, e Rosamund Pike, por “Garota Exemplar”- também estreiam no Oscar. Assim como três intérpretes coadjuvantes: Patricia Arquette, por “Boyhood: da Infância à Juventude”; Emma Stone, por “Birdman”, e J.K.Simmons, por “Whiplash: Em Busca da Perfeição”.
Outro dado curioso no campo das interpretações é que a francesa Marion Cotillard chega a sua segunda indicação por um papel em um filme de língua estrangeira. Ela ganhou em 2008 ao interpretar a cantora francesa Edith Piaf (“Piaf – Um Hino ao Amor”) e agora tentará repetir o feito em “Dois Dias, Uma Noite”, dos irmãos Dardenne.
Se ela ganhar será um feito inédito, uma atriz ou um ator estrangeiro vencer ao atuar em um filme de língua estrangeira.
Marcello Mastroianni foi indicado três vezes, Sophia Loren (que ganhou em 1962 por “Duas Mulheres”) duas vezes e Liv Ullman e Isabelle Adjani uma vez cada.
Mas, além dos prêmios mais conhecidos, se for levado em conta só o número de indicações, o recordista é o diretor de fotografia Roger Deakins, de “Invencível”, que tem 12 indicações e nenhum Oscar.
E entre os estreantes estão os diretores de dois dos filmes mais indicados desta edição. Tanto Richard Linklater, de “Boyhood”, e Wes Anderson, de “O Grande Hotel Budapeste”, concorrem pela primeira vez ao Oscar de melhor diretor e melhor filme, pois só haviam sido indicados antes nas categorias de roteiro.
Este ano também é o primeiro no qual há oito indicados ao prêmio mais importante da noite, o Oscar de melhor filme. Desde que em 2010 o número de concorrentes passou de cinco para dez, se chegou ao teto nos dois primeiros anos, enquanto nos três seguintes se reduziu para nove e agora para oito.
Na categoria de melhor filme estrangeiro Mauritânia e Estônia estreiam com os longas “Mandariinid” e “Timbuktu”, respectivamente, e a Argentina é veteraníssima, com a sétima indicação para “Relatos Selvagens”.
A última vez que um filme argentino disputou essa estatueta levou o prêmio. Foi com “O Segredo dos Seus Olhos”, de Juan José Campanella, em 2010.
Se o filme de Damián Szifrón ganhar o Oscar, seria o terceiro para a Argentina, que levou sua primeira estatueta em 1986 com “A História Oficial”, de Luis Puenzo.
Já o polonês “Ida”, de Pawel Pawlikowski, é o 11º filme em preto e branco a ser indicado ao Oscar de melhor direção de fotografia (para Lukasz Zal e Ryszard Lenczewski) desde que a cor chegou à telona, mas apenas um venceu, “A Lista de Schindler”, pelo trabalho do também polonês Janusz Kaminski.
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