Oscar consagra mexicano Alejandro González Iñárritu, de “Birdman”
Fernando Mexía.
Los Angeles, 22 fev (EFE).- O cineasta mexicano Alejandro González Iñárritu se sagrou o grande vencedor deste domingo, na 87ª edição do Oscar, em que seu filme “Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)” conquistou quatro estatuetas: filme, diretor, roteiro original e fotografia.
“O Grande Hotel Budapeste” dominou as categorias técnicas e também levou quatro prêmios, um a mais que “Whiplash: Em Busca da Perfeição”, e “Boyhood: da Infância à Juventude”, considerado um dos favoritos, só foi premiado com Patricia Arquette, melhor atriz coadjuvante.
“Quem deu o green card para este cara?”, brincou Sean Penn antes de anunciar que “Birdman” era o melhor filme, logo antes de Iñárritu subir ao palco do teatro Dolby pela terceira vez.
Ele aproveitou o gancho para falar do México e da situação migratória nos Estados Unidos.
“Aos meus colegas mexicanos, rezem para que possamos conseguir o governo que merecemos, e aos que estão neste país (Estados Unidos) rezem para que tratem igualmente bem aqueles que vieram antes e construíram esta incrível nação de imigrantes”, declarou o diretor.
Iñárritu brincou sobre as vitórias seguidas de mexicanos no Oscar, depois da dupla vitória de Cuarón ano passado por “Gravidade”, e sugeriu que talvez o governo dos EUA acabaria impondo leis à Academia de Hollywood para impedir que isso se repita.
“Dois mexicanos seguidos é suspeito”, ironizou o cineasta, que minutos antes tinha ganhado o Oscar de melhor diretor e de melhor roteiro original, este último dividido com os argentinos Armando Bo e Nicolas Giacobone, e com o americano Alexander Dinelaris Jr..
Bo, que dedicou o prêmio ao seu país, foi um dos que falaram hoje em espanhol no palco, cujo mestre de cerimônias, Neil Patrick Harris, encerrou se despedindo também no idioma, com um simpático “buenas noches”.
“O Grande Hotel Budapeste” levou quatro prêmios técnicos, de melhor trilha sonora, para Alexandre Desplat; de melhor figurino; de maquiagem e cabelo; e de design de produção.
Também foi uma grande noite para o independente “Whiplash: Em Busca da Perfeição”. Ele levou os prêmios de melhor ator coadjuvante (J.K. Simmons), de melhor montagem e de melhor mixagem de som.
“Boyhood: da Infância à Juventude”, um dos filmes com mais indicações e dos mais elogiados da temporada ganhou somente o Oscar de melhor atriz coadjuvante (Patricia Arquette), um triunfo mais do que previsível, assim como o de Julianne Moore como melhor atriz por “Para Sempre Alice” e, um pouco menos, o de Eddie Redmayne por “A Teoria de Tudo”.
Em animação houve uma dupla vitória da Disney, com “Operação Big Hero” como melhor longa-metragem e “Feast” como melhor curta.
“Insterstelar” levou o Oscar de melhores efeitos especiais e “Selma” o de melhor canção, por “Glory”. Um dos outros indicados a melhor filme que havia sido muito elogiado pela crítica, “O Jogo da Imitação”, ganhou um só prêmio, de melhor roteiro adaptado. EFE
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