Paixão pelo flamenco no Brasil encanta bailarina espanholaem tour pelo país

  • Por Agencia EFE
  • 10/05/2014 14h33

Gonzalo Domínguez Loeda.

Rio de Janeiro, 10 mai (EFE).- Com a força e energia que emana e que esbanja sempre sobre o tablado, a bailarina Carmen Rivas “La Talegona” volta ao Brasil para levar o espetáculo de flamenco ao país, onde diz ter visto “uma paixão como em nenhum outro lugar”.

O último membro até o momento de uma reputada saga de “cantadores”, La Talegona (Córdoba, 1976) chegou ao Brasil pela primeira vez em 2007, onde, comentou em entrevista à Agência Efe, ficou “muito impressionada pela relação que têm com o flamenco. Nem na Espanha existe a relação que há no Brasil”.

Desde aquela primeira viagem, seguida por muitas outras em que alternou aulas com espetáculos, a bailarina ficou “cativada” por essa relação entre o Brasil e a profundidade que observou na dedicação e entrega à arte.

“A cada ano descubro mais coisas que me impressionam, não têm que invejar em nada à Espanha”, afirmou.

Para Carmem, o flamenco é “uma maneira de se libertar e poder transmitir” os sentimentos em um “diálogo de expressões”, razão pela qual acredita que os artistas desta dança “movimentam montanhas” fora das fronteiras geográficas da Espanha.

Essa é, para ela, uma das razões de seu sucesso em países como o Japão, onde têm “uma cultura que é bastante submissa”, e onde, com o flamenco, podem “explorar e tirar o que têm em seu interior”, disse.

La Talegona percebe algo similar no Brasil, onde, “à parte da paixão que têm e da força”, sente esse efeito com o flamenco especialmente nas mulheres porque “é a libertação do sentimento de alegria das tristezas que a vida dá”.

La Talegona inicia este mês uma pequena tour pelo Rio de Janeiro que depois passará por várias cidades do país.

O calendário de espetáculos sobre será intercalado com oficinas.

O que é possível, disse, porque músicos e bailarinos flamencos são mais valorizados fora da Espanha, e que “a maioria dos artistas adoraria poder estar na Espanha se a cultura tivesse apoio”.

Para La Talegona não existe esse apoio institucional que é necessário para que o flamenco tenha um impulso em seu país natal como o que vive em outros países do mundo.

Membro da saga de “Los Talegones”, a bailarina cordovesa que começou a se apresentar aos 14 anos, contou que fazer parte de uma família com tantos artistas teve “um peso muito forte, apesar de serem cantores e eu dançarina”.EFE

gdl/cd

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