Polícia indicia 4 pelo acidente com carro alegórico da Paraíso do Tuiuti

  • Por Estadão Conteúdo
  • 06/03/2017 17h45
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RJ - CARNAVAL 2017/RIO/PARAÍSO DO TUIUTI - GERAL - Agentes fazem o atendimento de integrantes da escola de samba Paraíso do Tuiuti, após acidente com um dos carros alegóricos da agremiação, durante o desfile do Grupo Especial, no Sambódromo da Marquês de Sapucaí, no centro do Rio de janeiro, na noite deste domingo 26/02/2017 - Foto: ANDRÉ FABIANO/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO ANDRÉ FABIANO/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO Acidente com carro alegórico da Paraíso do Tuiuti feriu 24 pessoas no domingo de carnaval

A Polícia Civil indiciou quatro pessoas pelo acidente com o carro alegórico da Escola de Samba Paraíso do Tuiuti, que deixou 24 feridos no domingo de carnaval. Eles vão responder por lesão corporal culposa, cuja pena é de 6 meses a cinco anos de prisão. Foram indiciados o engenheiro que projetou o carro, Edson Marcos Gaspar de Andrade, o motorista do veículo, Francisco de Assis, e dois diretores da escola, Leandro de Azevedo Machado e Jaime Benevides de Araujo Filho.

“Foi uma tragédia anunciada. O motorista não tinha a menor visão da pista. Assim que o carro entrou na Avenida Presidente Vargas, outro veículo foi acoplado na frente, tirando a visão do motorista”, afirmou a delegada da 6ª Delegacia de Polícia, Maria Aparecida Mallet. Em depoimento à polícia, o engenheiro confirmou que projetou o carro alegórico de forma que o motorista não enxergaria a pista. Ele afirmou que essa é uma prática comum em escolas de samba, em que os motoristas são orientados por guias que ficam na pista, o que não ocorreu. 

Em depoimento à polícia, o motorista disse que assim que o carro chegou à Avenida Presidente Vargas e o outro veículo foi acoplado, avisou ao diretor de Alegorias, Jaime Araujo Filho, que não estava enxergando a pista. Araujo Filho respondeu que ele continuasse dirigindo, porque teria ajuda. No entanto, o único guia foi o próprio Araújo Filho, que ficou à frente do carro alegórico, num ponto em que Assis não o via. Ele também não tinha rádio para se comunicar com o motorista. 

No depoimento, Araújo Filho confirmou que orientou o motorista a continuar dirigindo o veículo. Ele, no entanto, não providenciou os guias necessários para auxiliá-lo. “O motorista foi indiciado porque assumiu o risco de causar acidente ao aceitar dirigir sem ter a visão da pista”, afirmou a delegada. O quarto denunciado é o diretor de carnaval, Leandro de Azevedo Machado, uma espécie de administrador do desfile.

A delegada informou que o inquérito está prestes a ser encerrado. Ela aguarda o laudo perícia ficar pronto para encaminhar o inquérito ao Ministério Público Estadual.

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