Por altos preços no Sambódromo, público leva “marmitas” às arquibancadas
Coxinha
Público leva a própria comida ao SambódromoR$ 8 em um hambúrguer simples, R$ 7 em um cachorro quente, R$ 4 em uma garrafinha pequena de água. Nem todos os foliões que vão ao Sambódromo do Anhembi estão dispostos a pagar tanto para aproveitarem a noite sem passar fome e sede. Por isso, muitos separam a bolsa térmica antecipadamente e já chegam preparados para virar a noite na festa.
É o caso da família de Walkiria de Carvalho, que há 30 anos passa o feriado no local. Eles levaram sanduíches, pipoca, pães, patês e batidas com álcool.
“Aqui é tudo muito caro. A gente faz uma lista antes de vir e cada um traz uma coisa”, disse a matriarca.
As amigas Maria Aparecida e Eunice Paulino concordam e acreditam que já é complicado pagar pelos ingressos, que custam no mínimo R$ 90. Na bolsa delas havia salgadinhos industrializados, amendoins, bolo e pacotes de bolacha.
“Já sabíamos que as comidas aqui eram caras, então viemos preparadas. O pior de tudo são as bebidas, a água, por exemplo, que os seguranças não nos deixam trazer. Os ingressos já custam caro, não deveria ser assim”, afirmou Eunice.
Os “marinheiros de primeira viagem”, como a família Rulo, também foram prontos para a farra. No cardápio “portátil”, sanduíche de patê de atum com alface, pãozinho com frios, os práticos salgadinhos, barrinhas de cereais e suco de caixinha.
“É nossa primeira vez aqui, mas viemos preparados. Imaginamos que seria caro, então trouxemos algumas coisas que gostamos”, disse Marili, que é irmã de Marluce e mãe Giovanna.
Ao todo foram sete sanduíches, 9 sucos, 3 cappuccinos e alguns pacotes de snacks para três pessoas. Bastante discreto se comparado com a galera de dez pessoas, entre amigos e familiares, que foram ao Sambódromo com nada mais, nada menos que 100 coxinhas, dois quilos de salgados assados e mais malas e malas de salgadinhos, mini sanduíches, balas, pacotes de bolachas e chocolate.
Eles já estão acostumados a passar o Carnaval no Anhembi e, querendo economizar, literalmente colocaram a mão na massa e prepararam tudo. “Nós que fizemos. Só os salgados fritos que não”, explicou Ivete Silva, uma das que estavam no grupo.
Como não é permitido entrar com garrafas e latinhas, eles fizeram 200 gelinhos (exatamente no formato do tradicional), mas com suco, água e até mesmo vodka! “Precisamos aguentar muitas horas, né?”, brincou. O objetivo é gastar apenas com a cerveja, que custa R$6,00.
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