Prefeitura do Rio cede terreno para expansão do Museu Histórico Nacional
O Museu Histórico Nacional (MHN) será ampliado, e parte da nova construção será em terreno onde funcionou um depósito da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), cedido pela prefeitura do Rio de Janeiro, conforme contrato assinado hoje (21) pelo prefeito Eduardo Paes e pela ministra da Cultura, Marta Suplicy, no próprio Museu.
A construção do prédio anexo vai utilizar também um terreno que foi cedido, no ano passado, pelo governo do estado, onde funcionava um posto do Departamento de Trânsito do Estado do Rio de Janeiro (Detran-RJ). Ainda não há cronograma de obras para o prédio anexo, mas já tem destinação. “Para cá virão os arquivos, a biblioteca, a parte administrativa e de restauro, e vai abrir um espaço grande aqui no museu para termos grandes exposições”, disse Marta Suplicy.
O Ministério da Cultura não deve ter gastos com a expansão. Segundo a ministra, os recursos sairão de uma Parceria Público Privada (PPP). “O ministério, acho, não vai por nenhum dinheiro. O prefeito já deu uma ideia muito boa para que a gabaritagem seja aumentada. Então, isso valoriza muito o imóvel e vai aumentar o interesse. Vai ser autossustentável, porque pode fazer escritórios, uma parte para o museu e depois com cessão de determinado número de anos. Isso pode sair muito bem, porque é um lugar muito privilegiado do Rio de Janeiro, e acho que pode até ter disputa”, comentou.
O projeto do prédio anexo será escolhido por meio de licitação, mas nada foi discutido ainda, de acordo com a ministra. “Deixa primeiro os papéis ficarem acertados, aí vamos fazer a licitação. Espero que seja uma coisa bem moderna”, disse, embora reconheça que “construções antigas embelezam e se fortalecem quando têm o século novo agregado”.
Para o prefeito, o museu representará a porta de entrada da área do projeto Porto Maravilha, que vai revitalizar o centro do Rio. Eduardo Paes destacou que o prédio está em uma região que passa por obras e é composta por um conjunto cultural, onde também estão o Paço Imperial, a Igreja do Carmo, o Centro Cultural Banco do Brasil e a Casa França Brasil, entre outros. Ressaltou também que a derrubada do elevado da Perimetral, para a construção do boulevard principal do projeto de revitalização, deixou o museu com visibilidade maior, e a beleza da construção poderá ser melhor apreciada.
“É fundamental que se tenha este espaço requalificado. Nada mais importante que ter a ampliação e revitalização de um equipamento cultural que sobreviveu a tudo isso. O Museu Histórico Nacional é tão fantástico que sobreviveu a um terminal de ônibus de um lado, a um depósito de carros e de lixo de outro, um viaduto chamado Perimetral na frente, e ele está vivo, inteiro, e manteve o seu vigor”, analisou.
A diretora do museu, Vera Lúcia Bottrel Tostes, disse que a cerimônia de hoje representava o pontapé para as comemorações do centenário do museu, em 2022, quando também será comemorado o bicentenário da Independência. O centenário da Independência, lembrou ela, foi comemorado com uma grande feira internacional, que mudou completamente a configuração do Rio de Janeiro, e em 2022, além do bicentenário da independência, “poderemos comemorar também uma nova situação urbana, e essa nova construção vai ser muito importante”.
Editor Stênio Ribeiro
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