Preta Gil desabafa sobre “movimento da banana” e a morte de DG
Preta Gil compartilhou na madrugada desta terça-feira (30) um texto no qual desabafa sobre os últimos acontecimentos que mobilizaram famosos e a sociedade.
“Resolvi escrever para não engasgar, ter insônia ou uma úlcera. Nem sei se vou publicar isso, mas se estiverem lendo é porque mudei de ideia. Estou aqui na minha vida, trabalhando, fazendo mil coisas ao mesmo tempo, mas estou ligada no que se passa no mundo real e virtual. Estou triste pela guerra no Rio e pelas vítimas, sejam elas policiais, negros, brancos, ricos ou pobres. Ninguém merece viver com medo. Estou chocada com o caso do menino Bernardo; enojada. Fiquei orgulhosa com a atitude do Daniel Alves, ele deu uma banana para o preconceito e mostrou que de macaco não tem nada. Ele foi muito humano.”, escreveu em seu Facebook oficial.
A cantora opinou sobre o movimento iniciado por Neymar e seguido por diversos artistas, que postaram fotos com bananas e usaram a hashtag #SomosTodosMacacos. “Estou vendo o movimento da banana e respeito quem aderiu, pois tenho certeza que foi de coração. Mas não sou macaca, eu tenho minha própria opinião, sou negra com muito orgulho! Racismo é crime, cadeia neles!”.
Preta falou ainda das montagens que pipocaram na internet de uma foto em que ela, Carolina Dieckmann e Fernanda Paes Leme aparecem segurando um cartaz em que se lê “eu não mereço ser assassinado”, campanha lançada por Regina Casé no programa “Esquenta” em homenagem ao dançarino DG, morto na semana passada. Uma das montagens mais compartilhadas é uma na qual os dizeres originais foram trocados por “estou com fome”. “Estou vendo as montagens na minha foto com Carol e Fe sendo modificadas com vários dizeres. Uns engraçados, uns irônicos e outros bem violentos. Não me surpreendo, pois respeito o individualismo intelectual e até mesmo o modismo”, afirmou.
“Hoje, li no Face (sic) opiniões diversas sobre o caso do DG e o movimento da banana. Poucas concordei e muitas me assustaram. Muito preconceito, racismo e ignorância mascarados e justificados como ”opinião”. Minha gente, o grande barato da vida é aprender, evoluir, transformar, amar… Nem tudo é do jeito que pensamos, nem tudo é do jeito que lemos. Estou cansada! É tanto ódio, julgamento, tanta sentença precipitada. Estou realmente assustada, o ser humano é tão nojento e cruel que estou quase querendo ser macaco agora. Boa noite, fiquem com Deus”, finalizou.
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