Primeira Princesa do Carnaval de São Paulo diz que teve que engordar 8 quilos
O Carnaval é marcado pela inversão paródica, em que a festa da comunidade invade a Avenida sob holofotes e pessoas “comuns” assumem simbolicamente postos de nobreza e poder. A principal corte do Carnaval é formada pelo Rei Momo, considerado o rei do carnaval, a Rainha e as princesas. A repórter Jovem Pan Cristiane Santos entrevistou esses personagens simbólicos e descobriu como foi a trajetória deles até alcançar tais honrarias.
Michelle Tobias, 28 anos, eleita a segunda princesa no concurso, já foi bailarina, atuou em Moscou, na Rússia, pelo “Show Brasileiro” e foi, inclusive, finalista no concurso de Musa do Carnaval do programa televisivo Caldeirão do Huck.
Já Mayara dos Santos, primeira princesa, participa da festa desde criança. “Pai e mãe já dançavam, irmã também, e fiquei ausente do carnaval durante cinco anos porque sou bailarina também. Mas é uma paixão muito grande, então decidi voltar ao Carnaval”, diz Mayara. Dos Santos cita muito treino de academia, resistência e comunicação para poder ser eleita primeira princesa.
Além disso, a vencedera neste ano relata mais uma dificuldade que teve que enfrentar: “Das onze candidatas eu sou a mais magra e a mais baixa, com 1m67cm”, lamenta, por fugir do estereótipo do corpanzil rebolador que se exalta nessa festa. “Tive dificuldade grande em ganhar peso”, explica Mayara, falando que ganhou 8 kg, mas nos últimos dias, devido à ansiedade da proximidade do concurso, perdeu 2 kg.
A grande rainha tem apenas 18 anos. Claudia Higino, representante da Vai-Vai diz que, além da academia, se esforçou com “três meses de treino muito ríspido”, uma alimentação regrada, aulas de muay thai. Mas o que lhe deu forças realmente foi a “força da minha comunidade Vai-Vai”. Ela diz: “É uma honra e um sonho realizado”.
Já Marco Antonio Rodrigues, ou Marcão, Rei Momo do Carnaval, teve que passar por duas tentativas frustradas antes de alcançar o posto. “Eu comecei a engordar, e meus amigos da Vai-vai falaram que eu já poderia concorrer a Rei Momo, até que um belo dia eu resolvi concorrer”, conta. As duas vezes em que ficou em segundo lugar, pela Mocidade Unida da Mooca, quem levou a “chave da cidade” foi Paulo Peres. Em 2000, Marcão finalmente assumiu o posto e, então, foi “picado pelo bicho de ser rei momo” e não quer largar mais. Venceu também em 2002, 2005, 2006, 2010 e, agora, em 2014. “E já estou pensando em 2018, hein”, avisa.
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