Programação da Copa no DF é aberta com música, dança e exposições de arte
O clima de Copa do Mundo começa, aos poucos, a tomar conta de Brasília. Responsável por receber sete partidas do Mundial, a capital federal começa a ver algumas de suas ruas pintadas de verde e amarelo, bem como alguns moradores trajados com as cores da seleção. Acelerando ainda mais esse processo, a cidade abriu hoje (11) a programação cultural da Copa do Mundo.
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Uma das primeiras atividades da programação é a Grande Dança Brasil, apresentada em frente ao Museu Nacional. O espetáculo de dança foi criado pelos coreógrafos Carlinhos de Jesus e Octávio Nassur. A ministra da Cultura, Marta Suplicy, esteve no local para abrir oficialmente a programação cultural. Ela visitou o Espaço Cultura, montado ao lado do museu pelo próprio ministério. O espaço – também presente nas outras cidades-sede – apresenta totens com softwares interativos. Ao tocar em uma tela, o visitante pode conhecer vários aspectos culturais do Brasil, desde culinária à arquitetura.
“Esses totens falam de cada cidade, em termos culturais, o que tem de especialidade em cada uma. Isso mostra que o Brasil vai além do futebol e do carnaval. Por isso, estou tão feliz por poder mostrar nossos pintores, fotógrafos, nossa arte. É a cultura brasileira mostrando sua diversidade”, disse a ministra. O Museu Nacional também promoveu a abertura das exposições Entrecopas e Vamos Jogar Bola!
A Entrecopas apresenta algumas das principais obras produzidas entre 1950 – ano em que o Brasil sediou sua primeira Copa do Mundo – e 2014, ano da segunda Copa no país. O público poderá apreciar o trabalho de artistas como Cildo Meireles, Lygia Clark, Alfredo Volpi, Roberto Burle Marx e Vik Muniz.
“A proposta da mostra é valorizar e difundir nosso patrimônio visual ao reunir acervos locais de arte brasileira. Além dos acervos do Museu Nacional do Conjunto Cultural da República e do Museu de Arte de Brasília, reuniremos obras de outras instituições e de coleções privadas da cidade para contextualizar a produção nacional de artes visuais daquele período, que foi bastante representativa”, diz o curador Wagner Barja no site do governo do Distrito Federal.
Já a exposição Vamos Jogar Bola! mostra uma cena comum em cada canto do Brasil, as tradicionais peladas. Crianças descalças ou com chuteiras gastas desfilam seu repertório, mostrando uma habilidade ainda por ser descoberta. Enquanto sonham com os gramados profissionais do Brasil e da Europa, vários garotos levantam poeira em campos de várzea ou quadras do DF. Alguns desses momentos foram capturados pelo fotógrafo Beto Barata, que publicou um livro com o tema. A exposição destaca 43 imagens do livro.
Na noite fria em Brasília, os presentes também puderam assistir a uma perfórmance do grupo Patubatê, que mistura música eletrônica com percussão. Entre atabaques e surdos, o grupo incorpora itens nada convencionais, como escapamento de carro e panelas, produzindo um som rico, de muita qualidade. “Gostei muito desse grupo, são muito bons”, disse o colombiano Jonathan Caicedo. Sua seleção joga em Brasília, dia 19, contra a Costa do Marfim, e ele está confiante. “Espero que a Colômbia vá longe nessa Copa”.
Editor: Stênio Ribeiro
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