Ron Howard e Tom Hanks voltam em sequência de “O Código Da Vinci”

  • Por Estadão Conteúdo
  • 13/10/2016 08h38
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Divulgação Ron Howard e Tom Hanks voltam em sequência de "O Código Da Vinci"

Já faz dez anos que o simbologista Robert Langdon, personagem criado pelo escritor Dan Brown, ganhou a forma de Tom Hanks em O Código Da Vinci, adaptação cinematográfica dirigida por Ron Howard. Em 2009, eles voltaram ao mesmo universo com Anjos e Demônios. E agora retomam a parceria em Inferno, estreia desta quinta-feira, 13, que começa com Langdon acordando sem memória num hospital italiano. O simbologista tem em sua posse um artefato misterioso e precisa desvendar seu segredo, que tem a ver com o Inferno descrito por Dante Alighieri em A Divina Comédia, e descobrir a razão de sua amnésia enquanto foge de pessoas que tentam matá-lo. 

Ao lado de Langdon na aventura está a médica Sienna Brooks (Felicity Jones), que o acompanha em sua jornada por Florença, Veneza e Istambul enquanto tentam impedir a liberação de um vírus que dizimará metade dos seres humanos. A diferença entre O Código Da Vinci e Inferno é, entre outras coisas, a tecnologia: há uma sequência inteira em que são perseguidos por um “drone”, que, por sua vez, foi filmada com a ajuda de um “drone”.

Ron Howard vê semelhanças entre a época em que Dante escreveu A Divina Comédia, o século 14, e os dias de hoje. “Como no Renascimento, estamos atravessando um período de intensa transformação na sociedade”, afirmou o diretor em entrevista ao Estado em Cingapura. “E é um movimento global. Isso está criando muita tensão e muita incerteza para as pessoas. Meu maior medo é que essa ansiedade seja canalizada para a procura de bodes expiatórios, para a intolerância… Vimos isso acontecer muitas vezes ao longo da história.”

Para o diretor, essa é uma das razões do sucesso de Dan Brown. “São livros divertidos, interessantes, e ainda assim, por baixo disso, ele está provocando, trazendo à tona controvérsias que são estimulantes e fazem pensar.”

Ron Howard não tem outras sequências em seu currículo, a não ser as sagas com Robert Langdon baseadas nas obras de Dan Brown. Mas garante que cada caso é um caso. “Nós abordamos cada um desses projetos individualmente. Eu, Tom Hanks e Brian Grazer, que produziu os anteriores e é meu parceiro na produtora Imagine Entertainment, conversamos sobre cada um”, disse. “Penso sempre primeiramente no público de cinema.”

Por essa razão, explicou, resolveu pular o terceiro livro da série, O Símbolo Perdido, lançado antes de Inferno. “O Símbolo Perdido é ótimo, vendeu bem, mas não sentia que podia oferecer algo ao público que levasse o personagem adiante, que fosse tão fresco, cinematográfico e empolgante para mim. Foi uma decisão pessoal. O projeto passou por diversos tratamentos de roteiro e nunca ficou parecendo algo novo enquanto filme.” Não que a possibilidade de uma adaptação esteja descartada. “Mas não controlamos os direitos nem somos obrigados a fazer esses longas por contrato.”

Um dos atrativos da saga é a mistura de realidade e ficção. Cerca de 70% das cenas de Inferno foram rodadas em locações. Mas o grande desafio, sempre, é driblar o fato de milhões de pessoas conhecerem a resposta para o enigma.

“Desta vez, os relacionamentos são fundamentais na trama e nas viradas da história”, explicou Ron Howard. “Não era assim nos filmes anteriores. Você acaba descobrindo mais sobre Robert Langdon pelo caminho porque ele é parte do mistério neste caso.” E essa, ele espera, é uma recompensa boa o suficiente para os fãs.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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