São Paulo recebe exposição que junta poesia e artes plásticas
São Paulo, 25 mar (EFE).- O Museu da Língua Portuguesa de São Paulo reúne a partir desta terça-feira a poesia e as artes plásticas em uma exposição de quadros modernistas que invadem o espaço antes reservado para a linguagem.
“A arte é um bem cultural de toda a sociedade. É uma forma de dar às pinturas sua dimensão pública. Queremos proporcionar experiências artísticas que contribuam para o repertório cultural e o desenvolvimento humano”, afirmou Jesus Zabalza, presidente do banco Santander Brasil, patrocinador da mostra “Narrativas poéticas”.
No total são 58 obras com foco na cultura brasileira, principalmente, do período modernista. Nomes como Cândido Portinari, Di Cavalcanti, Alfredo Volpi e Tomie Ohtake fazem parte da exposição, que também exibe trabalhos de artistas contemporâneos como Tuca Reinés, Fernanda Rappa e Renata de Bonis.
O acervo faz parte da coleção Santander Brasil, que catalogou e restaurou obras que estavam em diferentes agências da instituição e foram reunidas em uma exposição gratuita que também inclui arte popular e cartografia dos séculos XIX e XX. As obras ficam expostas até 20 de julho.
“A mostra reforça nosso compromisso público com o patrimônio cultural e o diálogo promovido pela mostra dos gênios das artes plásticas e os gênios da literatura brasileira”, disse o diretor do museu, Antonio Carlos de Moraes Sartini.
O percurso foi projetado de maneira livre, sem seguir uma sequência para facilitar uma relação mais espontânea entre as artes plásticas e a poesia, o que oferece um caráter lúdico e de diálogo entre os artistas representantes de movimentos artísticos de relevância no cenário cultural.
A mostra tem a curadoria de Helena Severo e do ensaísta Antônio Cícero, que junto com Eucanaã Ferraz, selecionaram os fragmentos de 46 poemas de 23 literatos brasileiros que acompanham a mostra, como João Cabral de Melo Neto, Carlos Drummond de Andrade e Vinicius de Moraes.
A narrativa da exposição, na parte poética, inclui também o trabalho do músico e escritor Arnaldo Antunes, e do literato Waly Salomão.
Outra marca diferencial da exposição é a inclusão de quatro totens em alto relevo em resina de telas selecionadas que podem ser manipulados e oferecem interação tátil das pessoas com deficiência visual.
A mostra, aberta para o público até 20 de julho, já passou por Porto Alegre, Brasília e Belo Horizonte, cidades nas quais foi vista por cerca de 100 mil pessoas. EFE
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