Scarlett Johansson: “Nunca pensei que me tornaria uma heroína do cinema”

  • Por Agencia EFE
  • 19/07/2014 22h47
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Antonio Martín Guirado.

Los Angeles (EUA), 19 jul (EFE).- O espectador se habituou a ver como Scarlett Johansson salva o mundo em seu papel de Viúva Negra em “Homem de Ferro 2”, “Os Vingadores” e “Captão América: O Soldado Invernal”, mas a atriz, segundo confessou à Agência Efe, nunca imaginou que se transformaria em uma heroína do cinema de ação.

“Claro, nunca pensei que ia passar tanto tempo usando uma arma semiautomática”, disse entre risos a atriz em entrevista à Efe.

“A ideia de que eu pudesse encarnar uma superheroína, tão enigmática e consciente de suas faculdades como Viúva Negra, nem sequer era uma possibilidade há dez anos. Não pensei que minha carreira fosse tomar esta direção, mas me sinto afortunada de ter aberto esse caminho porque acho que é uma coisa sem precedentes. A verdade é que nunca imaginei isso”, acrescentou.

Levando em conta esse currículo, que aumentará em breve com “Avengers: Age of Ultron” (“Os Vingadores 2”), não é de estranhar que o francês Luc Besson – criador de heroínas míticas em obras como “Nikita – Criada para Matar” (1990), “O Profissional” (1994) e “O Quinto Elemento” (1997) – se fixasse nela para protagonizar “Lucy”, que estreia nos Estados Unidos na próxima sexta-feira.

“O personagem de Lucy é uma espécie de ápice de todos os que Luc criou anteriormente”, disse a atriz de 29 anos, que espera seu primeiro filho, fruto de sua relação com o jornalista francês Romain Dauriac.

“Quando conheci Luc e me ofereceu o papel, ainda não existia o roteiro. Só sabia que se tratava de um projeto para o qual tinha esperado dez anos. A única base que dispunha para aceitar a oferta era seu trabalho anterior, que conhecia perfeitamente. E aceitei”, explicou.

“Lucy” é um thriller de ação que examina, em termos de ficção científica, o que aconteceria se uma pessoa pudesse fazer uso de cem por cento de sua capacidade cerebral e tivesse acesso aos cantos mais insuspeitados de sua mente.

Isso é o que acontece à personagem de Johansson, uma estudante americana em Taiwan, quando, de forma acidental, uma droga lhe dá poderes sobre-humanos que vão crescendo paulatinamente.

“O desafio era encarnar uma mulher em constante transição, destinada a perder sua humanidade. Tentei que, durante sua evolução, Lucy se esforçasse a estabelecer conexões com pequenas coisas, como a textura das coisas e as cores… Devia conseguir que esses rastros de vida interior se tornassem palpáveis. Foi muito difícil”, explicou Johansson.

O elenco do filme é completado por Morgan Freeman, Choi Min-sik e Analeigh Tipton.

A vida real de Johansson, no entanto, pouco tem a ver com as acrobacias e exigências físicas que requerem esses filmes.

“Nunca briguei com ninguém. Sou uma pessoa muito pacífica. Não brigo com minhas mãos, mas com minhas palavras”, declarou a artista, que em 2008 e 2009 tentou a sorte no mundo da música com os discos “Anywhere I Lay My Head”, solo, e “Break Up”, junto com Pete Yorn.

Para o próximo ano, a atriz, além de se reencontrar com os Coen em “Hail, Caesar!” e emprestar sua voz à serpente Kaa na nova “The Jungle Book”, de Jon Favreau, prepara sua estreia como diretora com “Summer Crossing”, adaptação do primeiro romance de Truman Capote.

Em sua carreira, que começou há 20 anos, trabalhou com nomes como Robert Redford, Woody Allen, Christopher Nolan, Sofia Coppola e Spike Jonze, e há uma lição que ficou gravada nela de todas essas obras.

“O cinema é um trabalho colaborativo. Funciona melhor quando todos estão de acordo porque são os melhores no seu campo. Deve haver uma conversa aberta e que toda a equipe compartilhe a visão do diretor. Quando essa noção se perde, também se perde a possibilidade de enriquecer e expandir sua visão. Sei que todo mundo agrega. As peças, unidas, fazem tudo funcionar”, concluiu. EFE

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