Shakira leva música e Malala emoção à Cúpula de Desenvolvimento da ONU

  • Por Agencia EFE
  • 25/09/2015 16h21
  • BlueSky

Nações Unidas, 25 set (EFE).- A cantora colombiana Shakira foi encarregada de levar música à abertura da Cúpula sobre Desenvolvimento Sustentável da ONU, enquanto Malala Yousafzai, Prêmio Nobel da Paz, fez um discurso que emocionou os líderes presentes.

Shakira, vestida de branco, entoou o clássico “Imagine” de John Lennon perante os chefes de Estado e de governo reunidos na sala da Assembleia Geral das Nações Unidas, onde minutos antes o papa Francisco discursou.

“Vivemos em um mundo no qual muitos que nascem pobres morrerão pobres. Nos corresponde decidir se seremos a primeira sociedade a erradicar a pobreza e levar justiça e igualdade às pessoas mais privadas de direitos na Terra”, disse a cantora.

“Nossos filhos têm o direito à igualdade de oportunidades, a crescerem felizes, saudáveis e seguros”, acrescentou antes do início de sua atuação.

A colombiana, que é embaixadora de boa vontade do Unicef, lidera uma campanha para reivindicar aos governos que aumentem os investimentos em educação e no desenvolvimento da primeira infância.

Em contraste com o emotivo tema eleito por Shakira, a cantora Angelique Kidjo, também embaixadora do Unicef, propôs uma celebração em “estilo africano” aos líderes de todo o mundo, pedindo que cantassem junto com ela.

Nessa segunda atuação foi possível ver vários diplomatas batendo palmas no ritmo das melodias da artista e ativista do Benin.

Após a música, foi o turno das palavras, a cargo de Malala Yousafzai, que se transformou em um ícone após sofrer em 2012 um ataque por parte dos talibãs quando voltava para casa após provas escolares.

Malala compareceu acompanhada de 193 jovens, um por cada Estado membro da ONU, que levaram lâmpadas para simbolizar a esperança que representa para sua geração a nova agenda de desenvolvimento sustentável adotada hoje pela comunidade internacional.

“O mundo necessita de uma mudança”, disse a ativista paquistanesa, que lembrou aos líderes o sofrimento de milhões de menores ao redor do mundo, usando como exemplo as imagens de refugiados falecidos no Mediterrâneo e daqueles que continuam na fronteira síria ou as lágrimas dos pais das meninas sequestradas pelo Boko Haram.

Malala defendeu que “a educação não é um privilégio, é um direito” e pediu aos governantes união para que todas as crianças do mundo tenham acesso a ela.

“A educação é esperança, a educação é paz”, terminou a jovem seu emotivo discurso, após o qual houve a a abertura formal da cúpula, que durará até domingo. EFE

mvs/ff

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.