Sistema viário andino Qhapaq Ñan entra na lista de Patrimônio Mundial

  • Por Agencia EFE
  • 21/06/2014 16h31
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Doha, 21 jun (EFE).- O sistema viário andino pré-hispânico, o Qhapaq Ñan, que passa por seis países latino-americanos, foi incluído neste sábado na lista do Patrimônio Mundial pelo comitê da Unesco, reunido em Doha.

A coordenadora do projeto, Nuria Sanz, explicou à Agência Efe que a candidatura recebeu a aprovação unânime de todo o comitê, após “uma discussão bonita e necessária no seio da Unesco”.

O Qhapaq Ñan, que se estende ao longo de 23 mil quilômetros e tem 310 pontos arqueológicos, é a maior indicação da história do Patrimônio Mundial e foi apresentada por Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru.

“É uma nova oportunidade para a convenção do Patrimônio Mundial de superar a ideia de monumento, paisagem e território e transformar o patrimônio em algo territorial”, disse Sanz.

Ela espera que isto signifique um método de cooperação internacional e um instrumento de integração regional entre os países envolvidos.

A Qhapaq Ñan foi construída durante vários séculos pelos incas para facilitar as comunicações, os transportes e o comércio, e também com fins defensivos, lembrou a Unesco.

Além disso, se estende por uma das regiões mais variadas do mundo, pois parte dos picos nevadas dos Andes a mais de seis mil metros de altitude até a costa do Pacífico, passando por florestas tropicais úmidas, vales férteis e desertos de aridez absoluta.

“Finalmente existe uma forma clara de cooperação entre os países latino-americanos, através da cultura e do patrimônio. Podem utilizá-lo para dar sentido ao que foi dito nas cúpulas e transformá-lo em um projeto de integração regional”, explicou Sanz.

O comitê da Unesco também aprovou a inclusão da antiga Cidade Maya e das florestas tropicais de Calakmul, em Campeche. A região, na Península do Iucatã, no sul do México, tem três mil hectares de extensão e se inscreveu como um lugar misto (cultural e natural).

A cidade, segundo a Unesco, desempenhou um papel de protagonismo na história da região por mais de 12 séculos, e suas imponentes estruturas e traçado global estão em um estado de conservação “admirável”.

O Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco começou sua 38º reunião em 15 de junho sob a presidência da irmã do atual emir do Catar Mayasa bin Hamad Al-Thani, e vai até o dia 25. EFE

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