“Todo mundo acha que artista não pode ter um trabalho normal”, critica Gretchen
Dançarina esteve nos estúdios do programa nesta quinta-feira (22)
Imagem de arquivo da artistaMorando fora do Brasil já há alguns anos, Gretchen anda sumida dos holofotes e não parece ter vontade de mudar isso. Na noite desta quinta-feira (22) ela lança o livro “Gretchen, uma biografia não autorizada”, escrito por Fábio Fabretti e Gerson Couto.
“Se alguém está achando que vai encontrar um livro de escândalo, pode esquecer. As pessoas que fizeram da minha vida um escândalo e, pela primeira vez, está sendo contada a verdade, desde a minha infância à minha carreira e juventude. Porque na verdade este é um projeto deles, eu nunca quis contar nada, mas eles me convenceram”, adiantou, em entrevista ao Pânico.
Há cerca de quatro anos se dividindo entre países na Europa, por conta do trabalho do marido, recentemente ela foi vista em uma lanchonete, vestida de garçonete, e diversas notícias no Brasil davam conta de que ela passava por dificuldades financeiras.
“Todo mundo acha que porque a gente é artista não pode ter um trabalho normal, isso é uma bobagem. Eu posso trabalhar como doméstica, faxineira, balconista, não vejo nada demais nisso. Não sei por que este preconceito. Vergonha é a gente roubar, matar. Agora, trabalhar como garçonete, qual é o problema?”, criticou.
Aos 56 anos, com 40 apenas de carreira, ela ficou emocionada ao relembrar os tempos antigos e lamentou que hoje tudo seja tão passageiro. Mesmo assim, garante que deixou a personagem de lado, para viver apenas como Maria Odete.
“Eu realmente encerrei, só eu sei o quanto eu sacrifiquei a minha juventude e tudo o que eu passei, tudo o que eu perdi por causa do meu trabalho. A Gretchen acabou, então aproveitem o livro, as gravações antigas dos programas de TV. Estou realizada profissionalmente, mas oficialmente aposentada”, completou.
Homossexualidade
Uma das polêmicas em que se viu envolvida foi quando a filha Thammy Miranda revelou sua homossexualidade.
“No começo foi difícil, como todo pai, toda mãe, foi complicado. Você imagina uma filha, toda linda como ela era, casando, ficando grávida, aquelas coisas que a gente pensa quando tem uma menina. Todo mundo acha que ela apanhou, mas não foi nada disso. Eu não fiquei com raiva porque ela era homossexual, mas porque ela mentiu para mim. Quando eu a perguntava se ela estava se relacionando com mulher, ela vinha agressiva e dizia que eu estava louca”.
E continuou: “O grande choque foi quando ela cortou o cabelo, ela simplesmente raspou a cabeça toda e eu da noite para o dia tive que encarar um menino na minha frente. Mas ela nunca foi feminina, só quando trabalhava comigo, mas porque era obrigada”.
No entanto, a dançarina ressaltou a importância da decisão de Thammy e que a tempestade na relação das duas foi momentânea.
“Hoje ela ajuda muita gente. Foi horrível, as pessoas a julgaram muito por conta da retirada dos seios, por exemplo, mas eu sei o quanto era difícil, ela vivia 24hs com uma cinta para apertar e hoje eu a vejo liberta, ela tira a camisa… Ela tá livre, tá feliz e é isso que importa”.
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