“Tudo o que conquistei foi mostrando que era capaz”, diz Fiorella Mattheis

  • Por Beatriz Coppi/Jovem Pan
  • 07/08/2015 10h24

Fiorella Mattheis falou com a Jovem Pan Online sobre sua carreira no cinema

Reprodução/Instagram Fiorella Mattheis

No começo do próximo mês de outubro, a atriz Fiorella Mattheis chega aos cinemas com seu primeiro longa metragem, baseado na série do Multishow ‘Vai Que Cola’. Ela, que já participou do filme ‘Cine Holliúdy’ e emprestou sua voz Honey Lemon (da animação ‘Operação Big Hero’, da Disney), ela falou para a Jovem Pan Online tudo sobre suas experiências como atriz, que ela mesma considera “incríceis”.

Jovem Pan: Qual está a expectativa de vocês para ‘Vai Que Cola’?

Fiorella Mattheis: A gente está muito animado, a gente está super ansioso. O filme estreia nos cinemas no dia primeiro de outubro, mas as pré-estreias começam no finalzinho de setembro. E o filme ficou lido. Nosso trailer já foi um sucesso, que lançou na semana passada e já teve mais de duas milhões de visualizações. E a gente está super ansioso, louco para estrear logo e todo mundo assistir para ver a opinião das pessoas.

JP: Como foram as gravações do filme?

FM: Foi muito legal. Porque a gente já tinha muita intimidade, o elenco e a direção. Porque a gente já faz a série há dois anos, então a gente saiu da televisão e do palco para o cinema. E foi muito bacana. A gente é uma trupe de verdade, a gente é muito amigo, virou família mesmo. E o clima do set era incrível. É a primeira vez que eu faço um longa inteiro. Eu só tinha feito participação e amei fazer cinema. Tinha certeza que ia amar, então estou super feliz e louca para ver o filme.

JP: Vocês pensam em fazer uma sequência?

FM: Depende muito de como ele for. A gente acha que vai ser um sucesso, a gente espera. Mas se for bem e tal, pode ter um ‘2’.

JP: Você pensa em investir mais na carreira no cinema?

FM: Sim. O cinema no Brasil não é tão fácil de fazer. A gente não tem milhões de produções por ano. Esse é o meu primeiro longa, e espero que abra mais portas para eu fazer mais cinema. Porque realmente eu sempre quis fazer, onde eu sabia que ia me encontrar e foi o que aconteceu. Então vamos ver, tomara que esta estreia no cinema seja bem vista e que eu tenha mais convites.

JP: Teve muita diferença do ‘Vai Que Cola’ para o ‘Cine Holliúdy’?

FM: Sim, muita diferença. Eu fiz uma participação de um dia, que foi muito rápida, mas foi uma delícia fazer. E o ‘Vai Que Cola’ foi um longa inteiro, foram quatro semanas de filmagem, praticamente todos os dias. Então é diferente.

JP: E como foi para você a dublagem do ‘Operação Big Hero’?

FM: Foi uma experiência incrível. Foi a primeira e a única vez em que eu dublei um personagem. E você ouvir a sua voz em um personagem da Disney é uma coisa de outro mundo, acho que não tem descrição. Só vivendo para você sentir. Você ver no telão do cinema a sua voz em uma personagem é incrível. Eu amei. A gente ficou no estúdio gravando três dias seguidos. Você faz a mesma frase, o mesmo texto várias vezes e com entonações diferentes. Então você tem que ter uma preparação muito boa e eu tive uma equipe incrível, que me apoiou muito. Pessoas muito experientes, que estão habituadas a fazer filme, então foi um aprendizado muito legal. Uma experiência nova e muito bacana.

JP: É muito diferente de quando você atua de corpo presente?

FM: É muito diferente. Primeiro eu fiz uma dublagem de uma personagem que já existia em outra voz. Tinha sido feita para a voz dessa pessoa, os gestos e a entonação. Em inglês, que as expressões são muito diferentes. Você trazer para o português e colocar na voz a intenção da personagem é muito difícil. E você grava muitas cenas por dia. A voz tem que estar preparada, a garganta e fono. Porque senão a voz não aguenta até o final do dia. Mas é muito legal. Tem momentos que você vê que é perfeito o encaixe da minha voz com a personagem e vê que tem algo a mais. É muito legal.

JP: Para você, que começou a carreira como modelo, como foi a transição para a carreira de atriz?

FM: Antes de virar atriz eu fui apresentadora. Eu apresentei um programa no SporTV, o ‘Rolé’ e, depois, eu fui fazer ‘Malhação’. E é o celeiro de um monte de ator. Ali eu comecei e voltei a ser apresentador no Videoshow e agora estou fazendo um pouco mais de atuação. Estou no ‘Vai Que Cola’ há quase três anos. Mas adoro apresentar também, tenho algumas ideias de programas que eu quero fazer, mas eu também adoro atuar e vou conciliando.

JP: E qual seria uma ideia de programa que você diria?

FM: Não posso contar, né (risos). Vão copiar. É um projeto ainda.

JP: A preparação para você transitar entre uma carreira e outra é um processo difícil?

FM: Não. A carreira de apresentadora é um pouco mais difícil, porque a grade das apresentadoras [é restrito]. Eu trabalho na Globo e no Multishow e tem muito mais espaço para ator do que para apresentador. Então isso é um lado mais difícil da carreira de apresentadora. Mas, ao mesmo tempo, eu posso ser eu, posso ser espontânea, não preciso interpretar nenhum personagem. Sou eu, então esse lado é um pouco mais fácil, porque é só você ser você. E o de atuação acaba tendo um pouco mais de espaço, mas tem um trabalho muito maior de atuação, de achar o personagem, de gravar. Você faz uns nove meses e a história muda, é obra aberta, enfim, cada um tem o seu lado mais fácil e mais difícil. Mas eu gosto muito de fazer os dois.

JP: Por você ter começado como modelo, você sentiu algum preconceito?

FM: Acho que não. Acho que hoje em dia esse negócio de preconceito está tudo mais aberto. As pessoas estão muito mais cabeça aberta e todos os meus trabalhos, tudo o que eu conquistei foi mostrando que eu era capaz, que eu estava preparada. Então eu nunca sofri com isso.

JP: E quais são seus planos a partir de agora?

FM: A gente está gravando a terceira temporada do ‘Vai Que Cola’, eu gravo até novembro. E o filme estreia em outubro. Então neste ano até o final eu vou estar no ‘Vai Que Cola’.

JP: Já está programando as férias?

FM: Por enquanto não, ainda estou na correria.

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