Ana Maria Braga ressalta importância de Louro José: ‘O que eu não puder falar, ele fala’
Há 20 anos na TV Globo, Ana Maria Braga lembra exatamente do tempo em que fez a transição da Record para a emissora.
“Em 1992, eu olhava a construção da sede da Globo no Morumbi e pensava: ‘Vou trabalhar aí’. Um dia, incomodei tanto, minha audiência era tão boa lá do outro lado, que foram lá me buscar”, recorda. A apresentadora do Mais Você participou da edição desta quinta-feira (17), da nova temporada de “Lady Night”, com Tatá Werneck.
Uma das pioneiras na arte de ensinar culinária na televisão, Ana Maria lembrou que, quando apresentava o Note e Anote na Record, a cozinha era fictícia.
“Era uma tábua, a geladeira era pintada na parede, os vasinhos pintados. Não tinha móvel, não tinha pia. Eu precisava botar embaixo da tábua um balde com água para, de vez em quando, lavar as mãos. Eu falava “chama os cachorros” para pode lavar a mão. Tinha que dar um jeito… como eu ia explicar que eu sumia?”, afirma.
Atualmente, a cozinha de Ana Maria na Globo é de alta tecnologia, com mais de um fogão, pias – no plural mesmo -, um grande balcão e um estúdio que é capaz de transmitir “realities” culinários ao vivo. “O Louro (José) me ajuda muito, é meu alter ego. O que eu não puder falar, ele fala”, diz a apresentadora, que observa as mudanças comportamentais dos telespectadores.
“O mundo está em transformação fantástica e as pessoas que veem televisão também mudaram. Antigamente cozinhar era brega. Falar em trabalhar fora de casa era exceção. Falar em defesa e direitos da mulher era meio velado”, lembrou.
*Com Estadão Conteúdo
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