Após desistir de lançar filmes, Amazon é processada por Woody Allen
O cineasta Woody Allen processou nesta quinta-feira (7) a Amazon Studios, exigindo uma indenização de US$ 68 milhões (R$ 252 milhões) pela empresa ter descumprido um acordo para a produção de quatro filmes.
A denúncia diz que a Amazon se recusou a lançar o último filme do diretor, “A Rainy Day in New York” (“Um dia chuvoso em Nova York”, em tradução livre), concluído há seis meses, devido a “uma acusação sem fundamento (de assédio sexual) de 25 anos atrás”. Dylan Farrow, filha do cineasta, denunciou que foi abusada pelo pai quando tinha sete anos de idade, alegações que Woody Allen já negou diversas vezes.
O processo apresentado contra a Amazon, noticiado pela revista “Variety”, também culpa o estúdio por ter dado “apenas razões vagas” para abandonar o projeto. “Amazon tentou justificar a sua ação fazendo referência a uma acusação sem fundamento de 25 anos atrás contra Allen, mas essa acusação já era bem conhecida pela Amazon antes que a Amazon firmasse quatro acordos com Allen”, diz o texto dos advogados lembrando que em 1992, a então namorada do cineasta, Mia Farrow, alegou na justiça que Allen tinha abusado de Dylan, a qual tinham adotado juntos.
O texto da defesa de Allen afirma que em janeiro de 2018, após o surgimento do movimento contra o assédio sexual #MeToo, a Amazon propôs ao diretor que o lançamento de “A Rainy Day in New York” fosse adiado para 2019, o que Allen aceitou.
No entanto, o documento apresentado pelos representantes legais de Allen acrescenta que em junho de 2018 o chefe jurídico do estúdio, Ajay Patel, enviou uma nota dando por terminado o acordo para a produção de quatro longas-metragens, e dizendo que Amazon não tinha a intenção de lançar nenhum dos filmes.
O diretor pede agora o valor referente aos “pagamentos mínimos” derivados da produção dos quatro trabalhos, assim como uma compensação pelos danos e os honorários dos advogados.
*Com EFE
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