David Harbour sobre crianças de ‘Stranger Things’: ‘Sinto amor e orgulho’

  • Por Jovem Pan
  • 02/07/2019 14h37
Divulgação/Netflix David Harbour interpreta o xerife Hooper em "Stranger Things"

David Harbour, que interpreta o xerife Hooper em “Stranger Things“, cuja terceira temporada estreia nesta quinta-feira (4) na Netflix, afirmou que, por interpretar um dos poucos adultos da série, sente o dever de orientar e cuidar dos jovens protagonistas, mas deixou claro que eles não precisam de “superproteção”.

“Sinto as mesmas coisas que um pai sentiria, eu acho, já que não tenho filhos. Sinto como se eu fosse o protetor deles. Sinto amor e também orgulho. Mas, na verdade, eles não precisam da minha superproteção”, revelou, entre risos.

Embora a fama mundial já faça parte da vida desses jovens, especialmente no caso de Millie Bobby Brown (Eleven), Harbour diz acreditar eles saberão lidar com maturidade os perigos de Hollywood.

“O mundo muda, tudo muda, e as crianças, em geral, são mais inteligentes e espevitadas sobre crescer na era moderna do que as pessoas velhas, como eu”, comentou o ator.

Nova temporada

Pouco dá para falar sobre as novas aventuras das crianças de Hawkins e as forças sombrias do Mundo Invertido, que são mantidas sob sigilo quase absoluto. Os jornalistas que cobriram a divulgação da terceira temporada de “Stranger Things” receberam uma longa lista de pontos da trama que não poderiam ser mencionados nas matérias.

“Esta temporada é muito surpreendente, principalmente o oitavo episódio, o último desta temporada. Acontecem muitas coisas magníficas e majestosas que são muito surpreendentes e que eu não esperava”, antecipou.

O ator também demonstrou um amor incondicional pelo seu personagem, o xerife Hopper: um policial valente e reflexivo, mas às vezes desesperado. “É como uma viagem no tempo aos protagonistas dos anos 80, com os quais cresci. Nick Nolte interpretou muitos desses personagens, Harrison Ford, Gene Hackman e Walter Matthau também. Eram pessoas boas que tinham passado por muitos traumas e nem sempre se comportavam bem. Gosto desses papéis que estão rodeados de muita escuridão, mas têm uma luz interior”, contou.

Um aspecto chamativo da terceira temporada é a comprovação do crescimento dos protagonistas, agora adolescentes. Os novos acontecimentos se passam nas férias de verão, com direito a romances.

“Quando estávamos gravando, eu não tinha tanta noção disso, é tão contínuo que você não percebe. Mas, quando vi os dois primeiros episódios, foi muito emocionante. Foi como: ‘Oh, o tempo passa e as crianças estão crescendo e mudando. Vejo isso pelas atuações, há um nível completamente novo de inteligência, de sofisticação. Mike (Finn Wolfhard) diz na série: ‘Não somos mais crianças”, acrescentou.

Harbour também relembrou o discurso feito no SAG Awards de 2017, quando “Stranger Things” ganhou na categoria de melhor elenco em série de drama. Na fala, ele defendeu os marginalizados e criticou os abusadores, palavras possivelmente direcionadas a Donald Trump, que tinha acabado de ser eleito presidente dos Estados Unidos.

“Quero que o mundo seja mais estranho, mas por meio de uma rareza pura na qual possamos acolher a individualidade de cada pessoa. As minhas opiniões mudam continuamente e não sei se uma linha constante do início ao fim é algo necessário ou admirável em um ser humano. Quero abraçar a ideia de mudança, a ideia de que a vida é como um rio, e não como um tanque. As coisas mudam, crescem, se movem, e eu quero nadar nesse rio com as pessoas”, explicou.

*Com EFE

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