Destino de Rey, romance de Finn e Poe e adeus a Leia: elenco e diretor comentam o fim de ‘Star Wars’

Em entrevista, J.J. Abrams, Daisy Ridley, John Boyega e Oscar Isaac falam sobre ‘Star Wars: A Ascensão Skywalker’, que estreia nesta quinta-feira (19)

  • Por Jovem Pan
  • 16/12/2019 16h57
EFE/EPA/KIMIMASA MAYAMA 'Star Wars: A Ascensão Skywalker' estreia nesta quinta-feira (19)

Não é todo dia que uma história de quatro décadas chega ao fim, ainda mais um fenômeno global que supera fronteiras e gerações. “Star Wars: A Ascensão Skywalker” fecha a terceira trilogia da saga e é uma das estreias mais esperadas da história do cinema, mas antes de tudo foi um desafio para quem tornou o filme em realidade.

Cientes de que cada declaração dada às vésperas da estreia é analisada com lupa por fãs em busca de dicas do que irá ocorrer, J.J. Abrams, diretor do novo e último episódio, e os protagonistas do longa, tentam entregar o mínimo possível sobre “A Ascensão Skywalker”. As perguntas dos fãs só serão respondidas a partir desta quinta-feira (19), quando o filme chega aos cinemas.

Uma das dúvidas é a participação de Carrie Fisher. Abrams já havia antecipado que a atriz, que morreu em 2016, aos 60 anos, estará presente no filme como a icônica princesa Leia. Isso pôde ser feito graças às cenas gravadas por ela para “Star Wars: O Despertar da Força” que não foram utilizadas no sétimo filme da saga.

“Não havia forma de contar a história sem Leia. Pegamos cenas que não usamos e escrevemos novas que aconteciam ao redor de Carrie. Tivemos que gravar a nova parte com a mesma iluminação e coreografia de câmeras”, explicou o cineasta.

“Ficamos trabalhando um ano na edição e ela está tão viva no filme que é triste saber que a perdemos. Era um ser humano precioso, incrível e autêntico”, completou Abrams, que também dirigiu “O Despertar da Força”.

Para Daisy Ridley (Rey), que dá um forte abraço em Leia no trailer do filme, os fãs gostarão da participação de Carrie no último filme da saga. “Foi emocionante [abraçá-la], é um momento muito emotivo e, além disso, uma parte importante do filme. Ela tem cenas brilhantes e comoventes. Os fãs ficarão felizes ao vê-las”, disse a protagonista.

O ator Oscar Isaac (Poe), que interpreta um subordinado da comandante Leia Organa na guerra entre a Resistência e a Primeira Ordem, se emocionou com as cenas de Fisher. “Foi melancólico vê-la tão viva e vital no filme, mas saber que ela não está mais entre nós e que não verá o emblemático personagem que criou. É um pouco triste”, lamentou.

Linhagem Skywalker

A conclusão da saga da família Skywalker é um dos maiores mistérios do filme. Depois de tantas guinadas e de ver Rey assumir certa liderança no fim do oitavo episódio, Ridley revelou que o papel de sua personagem nesta nova aventura será decisivo.

“Se ela fosse para o lado sombrio não sei se as pessoas ficaram desencantadas… Bom, entendo que algumas sim. Ela enfrentará muitos desafios, mas tenho que dizer que este é um filme sobre esperança. Sendo assim, vamos esperar que ela escolha o lado correto”, antecipou a atriz.

Ainda que o público imagine centenas de possíveis finais para “A Ascensão Skywalker”, uma das ideias que ganhou mais força nos últimos dias é de um possível romance entre Poe e Finn (John Boyega). A repercussão foi tão grande que até os dois atores falaram abertamente sobre a hipótese.

Para Isaac, os dois “deveriam ser namorados”. “Isso deveria ter sido levado um pouco mais longe porque havia uma possibilidade. Isso mostra, no fim, que há algo muito bonito entre eles…. Mas, eu gostaria de ter visto mais intimidade entre Finn e Poe? Sim”, afirmou.

A ideia foi corroborada por Boyega, que reconheceu a proximidade entre os dois personagens. “Eles passam muito tempo juntos, há química e uma união muito próxima”, explicou.

Pressão dos fãs

A cada estreia de um novo episódio, a história se repete. As redes sociais são lotadas de comentários sobre o filme. Alguns fãs odeiam. Outros amam. Antes da estreia, as muitas teorias sobre a história também dominam os debates, e os atores já conhecem de cor o guia para evitar qualquer tipo de vazamento. Eles, porém, garantem que estão blindados da pressão.

“Isso não nos afeta, não levamos isso para o estúdio porque o melhor que você pode fazer por um fã é concentrar no seu trabalho”, afirmou Boyega.

Ridley, por sua vez, jogou a bola no colo de Abrams. “Ele é quem teve que escrever, saber o que é preciso concluir. Tinham uma responsabilidade da qual nunca fomos cientes”, explicou.

Já a atriz Keri Russell (Zorri Bliss) acha que o fenômeno de “Star Wars” é “esmagador”, no bom sentido da palavra, porque “há muitas lembranças e sentimentos associados à saga”.

É difícil, senão impossível, fazer um final que agrade a todos. Ciente disso, Abrams definiu “A Ascensão Skywalker”. “Eu tinha que fechar esses nove filmes de uma forma que, daqui a 100 anos, uma criança veja todos eles, todos os nove, e sinta que há uma narrativa que leve a esse final”, antecipou o diretor.

*Com EFE

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