Fundação Salvador Dalí processa ‘La Casa de Papel’ pelo uso das máscaras na série
Difícil pensar em “La Casa de Papel” sem as máscaras de Salvador Dalí utilizadas pelo grupo de ladrões que tem a Casa de Moeda da Espanha como alvo. Depois do sucesso da produção, a Fundação Salvador Dalí resolveu entrar com um processo judicial para um novo acordo comercial sobre o uso da imagem do pintor catalão.
Para a terceira temporada, a produção ficará a cargo da Netflix e, sob a gestão da gigante de streaming, os termos do acordo devem mudar. Em entrevista ao jornal El País, divulgada na última quarta (23), a Fundação explicou que, com a Netflix, “tudo fica um pouco mais complexo”.
“Estamos em vias de regularizar os usos do direito de imagem de Salvador Dalí”, explicou a entidade. “A máscara é um desenho que lembra Salvador Dalí, mas um bigode assim pode ser usado por qualquer um, mesmo que Dalí o tenha popularizado”, defendeu uma fonte da série que não quis se identificar. “É o melhor marketing para Dalí em todo o mundo”, acrescentou outra fonte ao jornal.
Além de inspirar foliões no carnaval, a máscara de Salvador Dalí também ajudou a preservar a identidade de assaltantes que cometeram crimes reais, tanto no Chile, quanto na Argentina. E, para os responsáveis pela Fundação, esses movimentos prejudicam a imagem do pintor falecido em 1989.
Até o momento, a terceira temporada de “La Casa de Papel” não será prejudicada. A Netflix já confirmou que a continuação do assalto chega à plataforma ainda este ano.
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