Autoridades adotam medidas para que Harvey Weinstein não se automutile na prisão
A preocupação é evitar um caso semelhante ao do magnata Jeffrey Epstein, que se matou na prisão em agosto do ano passado
As autoridades penitenciárias de Nova York estão tomando medidas especiais para monitorar o produtor de cinema Harvey Weinstein, que está em uma unidade hospitalar para condenados pela justiça, para garantir que ele não se automutile, e estão considerando a possibilidade de colocá-lo em uma prisão especial.
Weinstein foi internado no Hospital Bellevue, em Nova York, na segunda-feira (24), com palpitações cardíacas algumas horas após o seu julgamento por abuso sexual. O réu foi declarado culpado por dois crimes e permanecerá detido por pelo menos cinco anos.
Enquanto aguarda a sentença, que será emitida em 11 de março, o produtor está sendo vigiado a todo momento por uma equipe de funcionários penitenciários, incluindo agentes de emergência especializados, para garantir que ele não se prejudique.
Weinstein, de 67 anos, foi absolvido da acusação de abuso sexual em primeiro grau. Com isso, escapou da possibilidade de pegar prisão perpétua e pode pegar um máximo de 29 anos de detenção.
O júri considerou o produtor culpado pelo ato sexual criminoso em primeiro grau, cometido contra a assistente de produção Mimi Haley, em 2006; e de abuso sexual em terceiro grau, em que não há consentimento, mas não há uso de força, contra a atriz Jessica Mann, em 2013.
Weinstein deveria ser transferido para Rikers Island, um dos maiores complexos prisionais dos Estados Unidos, localizado em uma ilha em Nova York e que não é muito conhecido. O espaço é destinado a casos de alta repercussão e para prisioneiros com problemas de saúde.
Embora a última palavra sobre o destino do réu seja com o Departamento de Correções do Estado, as autoridades estão considerando mandá-lo para uma prisão fora de Nova York, em Nassau, Suffolk, Westchester ou Albany, segundo o presidente da Associação de Diretores Adjuntos de Penitenciárias, Joe Russo.
O jornal New York Post, que cita uma autoridade penitenciária, revelou que a preocupação é evitar um caso semelhante ao do magnata Jeffrey Epstein. O empresário foi acusado de tráfico sexual infantil e cometeu suicídio em sua cela em agosto do ano passado, enquanto esperava julgamento em Nova York.
*Com EFE
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