‘Série é bizarramente atual’, diz Mayana Neiva, de ‘Rotas do Ódio’
Mayana Neiva e Samuel de Assis estão na terceira temporada de “Rotas do Ódio”, que é exibida aos domingos, 23h, no Universal TV. A atriz dá vida a Carolina Ramalho, delegada responsável pelo DECRADI, Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância em São Paulo.
Agora na terceira temporada, a trama acompanha novos desafios para a equipe, que, além da gangue de neonazistas, terá de lidar com um crime que traz à tona a exploração de trabalho de imigrantes em São Paulo. Samuel reforça o elenco como um advogado de uma ONG que defende os direitos internacionais de refugiados.
Mayana explicou, em entrevista exclusiva ao Direto do Freakpop, que a atualidade do tema foi uma coincidência: “Lembro que em 2014, quando gravamos a primeira temporada, achava que era algo distante e houve a explosão da intolerância no Brasil. A Renata Peron é uma travesti e, atravessando a praça da República, foi espancada por um grupo neonazista e perdeu rim. Contracenar com ela, que era a Samantha, eu nem sabia o quanto eu estava ali para aprender. São pessoas que vivem essa realidade”.
Ela reforça que, agora, a causa “tornou-se o projeto da minha vida”, já que “todas as minorias precisam de voz”.
“O ódio virou um discurso social, as pessoas se sentem legitimadas a agir através da violência, acho isso muito perigoso, enquanto tiver isso, tem pano para manga, para ser discutido [ na série]. O Rotas reflete muito o momento que a sociedade está hoje e quão perigoso é isso. É uma série bizarramente atual”, completou.
Formato
Tanto Mayana quanto Samuel engrossam o coro a favor das obras em formato de série. “Formato de série é mais inclusivo, arriscado, a gente ganha com isso.Tem mais espaço para tudo, a correria é parecida, timing de pré e produção, set, mas a descentralização do nosso ramo é a coisa mais importante que estamos vivendo hoje, sem ficar preso a um canal de TV ou de streaming”, destacou Samuel.
“É uma grande alegria que o mercado tenha expandido, no fundo não é concorrência, abre espaço para atores, roteiristas, experimentação, o Brasil tem muitas histórias originais e potências inexploradas”, concordou Mayana.
Confira a entrevista na íntegra:
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