Rami Malek diz que sua relação com diretor demitido ‘não foi agradável’
Bryan Singer perdeu o posto de diretor do aclamado filme “Bohemian Rhapsody”, um dos favoritos ao Oscar, após ser acusado por quatro homens de abuso sexual quando ainda eram menores de idade. Oficialmente, no entanto, ele foi demitido por repetidas faltas ao trabalho. Em entrevista ao The Hollywood Reporter, Rami Malek, que deu vida a Freddie Mercury no longa, quebrou o silêncio sobre o convívio com Singer.
O ator disse que as acusações contra Singer são horríveis: “Todo mundo merece uma voz e qualquer um que queira falar sobre o que aconteceu com Bryan merece ter sua voz ouvida. Meu coração vai para qualquer um que tenha que passar por algo como o que eu ouvi e o que está por aí”.
Sobre sua relação com o diretor, ele se limitou a dizer que a situação entre eles “não foi agradável”. “Difícil falar sobre isso porque não queria tirar o foco de Mercury e Queen, mas não quero que ninguém sinta que não pode compartilhar sua história. A minha situação com Bryan não foi nada agradável, não mesmo. E é isso que posso dizer sobre o assunto no momento”, concluiu.
Entenda o caso
Bryan Singer é acusado de ter abusado sexualmente de quatro homens. As vítimas alegam que foram abusadas nos anos 90, enquanto tinham entre 13 e 17 anos.
Segundo as vítimas, que optaram em manter o anonimato, Singer tinha cerca de 30 anos e sabia que todos eram adolescentes. “Ele dava álcool e drogas para as pessoas e então fazia sexo com elas. Ele me disse ‘Você é tão bonito, eu quero muito trabalhar com você. Eu tenho uma Ferrari, vou cuidar de você’”, alegou um dos abusados ao The Atlantic.
Em 2014, o diretor já havia sido acusado de estupro pela modelo Michael Egan, quando ela tinha 17 anos. Em 2017, ele também foi acusado do mesmo crime por Cesar Sanchez-Guzman, que alegou ter 16 anos na ocasião.
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