Sob protestos de atores e da população, Roman Polanski vence prêmio na França
O prêmio Cesar, espécie de Oscar da França, aconteceu na noite de sexta-feira (29) e foi repleto de polêmicas. Roman Polanski, condenado por estupro de menor em 1977, foi escolhido como melhor diretor por “J’accuse” e diversos presentes abandonaram a cerimônia.
Entre os atores revoltados esteve Adele Haenel, de “Retrato de Uma Jovem em Chamas”, que deixou aos berros a premiação “Bravo ao pedófilo”, disse na saída. Ela era a favorita na categoria Melhor Atriz, mas não levou.
fuck it "bravo la pédophilie" on loop pic.twitter.com/gbn6hydiJY
— morgan (@aIucarda) February 29, 2020
A “esnobada” a Haenel causou furor entre a imprensa, já que ela foi uma das principais representantes do movimento #MeToo, depois de revelar que sofreu abuso do diretor francês Christophe Ruggia quando tinha apenas 12 anos.
Polanski e o elenco de seu filme não foram ao Cesar, já que temiam justamente represália. Mais de 100 pessoas fizeram um protesto do lado de fora do teatro em que aconteceu a cerimônia. A polícia teve de conter a multidão com gás lacrimogêneo.
No decorrer da noite, “Les Miserables” venceu o prêmio de Melhor Filme, além de escolha do público, melhor edição e melhor ator revelação.
Police fired tear gas at protesters outside the #Cesars2020 awards show, where controversial director Roman Polanski's latest film is nominated for 12 awards.
He pleaded guilty to having sex with a minor in 1977 but fled before sentencing. He's been a fugitive since. pic.twitter.com/d007ENohTV
— AJ+ (@ajplus) February 28, 2020
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.