Soderbergh escreve sequência de ‘Sexo, Mentiras e Videotape’ durante quarentena
O cineasta americano Steven Soderbergh aproveitou o confinamento imposto pela pandemia do novo coronavírus para escrever uma sequência de seu longa-metragem de estreia, “Sexo, Mentiras e Videotape”, de 1989.
A informação foi revelada pelo próprio diretor e roteirista em entrevista ao jornalista Dan Dunn como parte da série “NightCap Live”, da marca Flaviar, no YouTube.
“Quando o confinamento em Nova York começou, decidi que tinha que escrever para me manter organizado e são. Assim, nas primeiras seis ou sete semanas do confinamento, terminei três roteiros diferentes. Uma delas foi uma reescrita (de um projeto anterior), outra foi um roteiro original, e a última foi uma adaptação de um romance que eu quero fazer”, relatou o cineasta, para depois entrar em detalhes.
“O original é uma sequência de ‘Sexo, Mentiras e Videotape’. É uma ideia que eu tinha na minha cabeça por um tempo, e senti que tinha encontrado uma maneira de voltar a ela. Então eu escrevi e quero fazer isso”, completou, demonstrando animação, mas sem dar detalhes sobre os outros dois projetos.
Com apenas 26 anos, Soderbergh começou voando no cinema internacional com “Sexo, Mentiras e Videotape”, filme que ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes, o prêmio de melhor filme no Spirit Awards de filme independente e o reconhecimento do público de melhor filme dramático no Sundance Film Festival.
Estrelado por James Spader, Andie MacDowell, Peter Gallagher e Laura San Giacomo, o filme sobre os enredos sexuais e as tentações de quatro amigos foi uma virada no cinema indie, um movimento que, sob a liderança de cineastas como Soderbergh e Quentin Tarantino e sob a guarda da Sundance, mudou a cara das telonas nos Estados Unidos a partir do final dos anos 80.
Extraordinariamente prolífero, Soderbergh apresentou dois filmes no ano passado: “High Flying Bird” e “A Lavanderia”. E sua filmografia muito variada inclui títulos como a trilogia “Onze Homens e Um Segredo” (2001, 2004, 2007), a biografia de Ernesto ‘Che’ Guevara (2008), “Traffic” (2000) e “Erin Brockovich” (2000).
*Com EFE
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