‘Tenho muito orgulho’, diz Marcelo Adnet antes do último ‘Tá no Ar’
Quando surgiu, foi um estouro, total alegria nas redes sociais, tanto para os que amaram quanto para os que odiaram o seu humor diferenciado.
Essa recepção fez com que o programa “Tá no Ar: a TV na TV” se firmasse na grade da Globo e resistisse com sua crítica bem-humorada de assuntos e personagens que ocupam noticiários e programas diversos.
Após seis temporadas, o humorístico se despede do público nesta terça (9) com um festivo cortejo, que contará com presenças ilustres, como Pedro Bial e Fátima Bernardes.
“Acho que o programa tem muito de tudo que consumimos ao longo de nossas vidas e isso gerou um resultado único. Me lembro que, antes de começarem nossas gravações, encontrei o Lázaro Ramos, que ficou sabendo do personagem militante revoltado. Ele me olhou e disse, rindo muito, mas lamentando: isso não vai ao ar, infelizmente. Concordei com ele. Estávamos os dois errados”, revela Marcelo Adnet, um dos criadores do “Tá no Ar”, junto com Marcius Melhem e Maurício Farias.
O humorista faz uma avaliação, dizendo que esse programa representa um amadurecimento e “um lugar novo que construímos e que dialogou muito com as questões que nossa sociedade enfrentou nos últimos anos. Tenho muito orgulho do projeto e as melhores lembranças dele”.
Criado em 2014, o humorístico deixa uma sensação de saudade, aquela lacuna estará lá, e dificilmente terá outro com tamanha repercussão. Adnet enfatiza que foram muitos momentos marcantes.
“A criação do projeto em si, lembro de nossa primeira reunião: eu, Marcius Melhem e Dani Ocampo. Depois lembro da chegada serena e elegante de Maurício Farias, do elenco e da gente lendo pela primeira vez sem acreditar que aquilo ia acontecer de verdade”, conta emocionado o humorista.
Entre tantos tipos vistos no programa, e que deixarão uma marca na história do humor, como o de Welder Rodrigues, com seu bordão ‘foca em mim’, no quadro Jardim Urgente, ou o Militante Revoltado, feito por Marcelo Adnet, que concorda ser esse personagem um dos muitos retratos da loucura das pessoas atualmente. “Acho que o personagem consagra a confusão que vivemos.”
*Com Estadão Conteúdo
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