Woody Allen diz que deveria ser o “garoto-propaganda” do #MeToo

  • Por Jovem Pan
  • 04/06/2018 14h07
Reprodução/ Facebook Diretor afirmou ter um "histórico excelente" sem acusações de assédio em Hollywood

Woody Allen falou pela primeira vez sobre o movimento #MeToo e as acusações de abuso sexual da filha Dylan Farrow, que voltaram a circular em Hollywood. Em entrevista, o diretor disse ser um “grande defensor” das denúncias de assédio e afirmou que se incomoda por ser colocado na “mesma lista” de outros assediadores, já que ele nunca teve um histórico de assédio no cinema.

“Sou um grande defensor do movimento #MeToo. É uma ótima coisa que ele exponha assediadores de homens e mulheres inocentes. Mas eu deveria ser o garoto propaganda do movimento. Porque faz 50 anos que trabalho em filmes, trabalhei com centenas de atrizes e nenhuma delas sugeriu comportamento inapropriado. Sempre tive um ótimo excelente”, disse ao programa argentino Periodismo Para Todos.

“Se existe algo como o movimento #MeToo, você torce por ele, você quer que ele traga justiça a esses assediadores horríveis, essas pessoas que fazem coisas terríveis. O que me incomoda é que eu sou associado à eles. Pessoas que foram acusadas por 100 mulheres de abuso sexual. E eu fui acusado apenas por uma mulher em um caso de custódia que se provou não ser verdadeiro e sou colocado com essas pessoas”, continuou.

O diretor voltou a afirmar que o caso com Dylan Farrow foi investigado e “todos concluiram que era falso”. “É claro que é chateante. Em uma situação em que qualquer um pode acusar outros injustamente, isso é triste”, falou.

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