Ucrânia: promulgada lei de proibição de filmes russos produzidos desde 2014
Kiev, 2 abr (EFE).- O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, promulgou nesta quinta-feira uma lei que proíbe a divulgação no país de todos os filmes e séries russas produzidas a partir de 2014 em geral, e todo o material audiovisual russo que “glorifique as forças armadas e de segurança do Estado agressor” em particular.
A lei, aprovada pela Rada Suprema (parlamento) da Ucrânia em 5 de fevereiro, afeta todo o cinema russo filmado após a desintegração da União Soviética em 1991 e proíbe expressamente divulgar na Ucrânia todo conteúdo sobre o Exército e as forças da ordem russas.
O texto assinala que a divulgação destes conteúdos nos cinemas e nas televisões ucranianas “ameaça a segurança nacional da Ucrânia e danifica a moral do Exército ucraniano”.
“Quero felicitar todo o mundo, porque de nossas telas desaparecerá a propaganda televisiva que denigre nossa história e eleva o agressor”, disse ao assinar a lei o presidente da Rada, Vladimir Groisman.
Groisman disse que a proibição “não afeta os filmes de animação e nem as séries de amor”, nem oos filmes filmados durante a época soviética.
No final do mês de janeiro, o Legislativo ucraniano declarou a Rússia “Estado agressor” ao considerar que Moscou “respalda o terrorismo” com seu apoio aos separatistas pró-Rússia contra Kiev nas regiões de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia.
As autoridades ucranianas e também alguns países do Ocidente denunciaram que a Rússia fornece armamento aos separatistas e os apoia com instrutores militares e inclusive tropas regulares.
A quatro dias de completar um ano a rebeldia pró-russa, na zona do conflito rege desde 15 de fevereiro uma trégua que permitiu reduzir ao mínimo as hostilidades entre os dois grupos.
Segundo o último relatório da ONU, mais de 6 mil pessoas morreram durante o conflito no leste da Ucrânia, centenas deles nos sangrentos combates que ocorreram antes da trégua no aeroporto de Donetsk e a cidade de Debaltsevo, entre os meses de janeiro e fevereiro. EFE
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