Unidos da Tijuca colore a Avenida com a fauna e a flora mato-grossense
A fauna e a flora mato-grossense invadiram a Marquês de Sapucaí. Quatro vezes campeã do carnaval carioca, a Unidos da Tijuca fechou a primeira noite de desfiles no Rio de Janeiro com homenagem à cidade de Sorriso, no Mato Grosso. Destacando o solo fértil da região conhecida pela agricultura, a Tijuca confirmou o favoritismo e mais uma vez se colocou como uma das favoritas ao título de 2016.
Com o enredo “Semeando Sorriso, a Tijuca festeja o solo sagrado”, a escola do Moro do Borel visitou a história e as lendas da cidade mato-grossense, e enalteceu a cultura popular da região.
O show da Tijuca começou logo na comissão de frente que identificou os mistérios da terra. Com uma alegoria retratando um pedaço de terra, os tijucanos retrataram as descobertas da terra nas plantações. Logo em seguida, a escola apresentou seu primeiro casal de mestre-sala e porta bandeira, Julinho e Rute.
Sem eu gigante abre-alas, a escola apresentou o surgimento do homem vindo do barro e, como de costume nos últimos anos, com coreografias dando belíssimo efeito à alegoria.
Com representações da fauna, da flora e da vida do brasileiro no campo, a escola caprichou nas cores e nas alegorias que coloriram e divertiram a Avenida no início da manhã.
A vida no campo também foi representada na bateria liderada pelo mestre Casagrande e que teve Juliana Alves como rainha, que apresentou a vida do matuto na roça.
Confira o samba-enredo da Unidos da Tijuca:
Sou eu… do barro esculpido pelas mãos do criador
sou eu… filho dessa terra germinando amor
são lágrimas que caem lá do céu
são raios desse sol em meu olhar
ao ver a agricultura do Brasil em meu Borel
sagrada natureza a nos abençoar
brota o suor que escorre na enxada
ara, planta, colhe em devoção
e “ver de” perto a cria alimentada
flores que aquarelam a região
Sou matuto sonhador em louvação
lá no meu interior, a viola dá o tom
vendo o campo colorido
cai a noite a me envolver
vou rogando ao Pai querido
pra colheita florescer
Vou levantando a poeira da terra
que aterra a magia do grão
fertilidade é a arte do homem que cuida
protege seu chão
um oásis de conhecimento
pro país é um exemplo, a tal “capital”
o meu negócio é isso, seu moço
“sorriso” no rosto
por esse meu mundão rural
o dia vai raiar e o povo há de cantar feliz
Salve! A mãe natureza, a luz da riqueza
o dono da terra… A inspiração
a Tijuca festeja, o solo sagrado em oração!
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