Unidos da Tijuca e Portela fazem belo desfile e são favoritas do segundo dia de desfiles no Rio
O segundo dia de desfile das de desfiles do Grupo Especial do Rio de Janeiro foi aberto pela Mocidade Independente de Padre Miguel. Após enfrentar diversos problemas fora da avenida durante o ano, a escola fez um desfile mais humilde na Sapucaí, tendo como foco o resgate de sua gloriosa história. O enredo homenageou Fernando Pinto, carnavalesco campeão pela agremiação em 1985. Apesar dos problemas com o primeiro carro-alegórico, que demorou a entrar na avenida, o abre-alas foi o destaque da escola, que tentou mostrar a beleza natural das mulheres. A bateria também lembrou Pernambuco, estado do homenageado, tocando em ritmo de baião.
A segunda escola a desfilar foi a União da Ilha, que levou para a Sapucaí um clima de nostalgia da infância. Um dos destaques foi a bateria que teve como rainha da bateria Bruna Bruno vestida de Mulher Maravilha. A escola misturou ao samba instrumentos que com som parecido ao das tradicionais caixas de música. A maior dificuldade da escola foi com os carros alegóricos. Um deles chegou a subir no meio-fio, assustando a plateia. Além disso, o telão de um dos carros ficou tombado, fazendo com que o destaque acima dele passasse boa parte do desfile inclinado de modo perigoso.
Atual campeã do Carnaval carioca, a Unidos de Vila Isabel foi a terceira a cruzar a avenida e encarou uma situação muito diferente da de 2013. Com diversos problemas financeiros, a escola não conseguiu finalizar as fantasias e sofreu com crise interna. Com o enredo “Retratos de um Brasil plural”, a escola homenageou Chico Mendes e Câmara Cascudo. A aguardada Velha Guarda – que não recebeu fantasias – acabou aparecendo no último carro alegórico. Pouco antes da entrada da entidade, especulava-se que o tradicional grupo sequer iria para a avenida.
Depois, foi a vez da Imperatriz Leopoldinense mostrar o trabalho de um ano inteiro na avenida. O homenageado pela escola foi Zico, um dos maiores ídolos do futebol brasileiro. A escola certamente perderá pontos por causa de um buraco entre alas causado pelo atraso de alguns carros ao entrar na passarela do samba. Ao longo da apresentação, 400 bolas autografadas foram distribuídas ao público. Diversos nomes do futebol marcaram presença, como Edmundo, Roberto Dinamite, Rivellino, Junior e Adílio.
Há trinta anos sem ganhar o Carnaval, a Portela saiu da Sapucaí com chances de quebrar o jejum. A escola promoveu um “show de águias” na avenida. A ave, que é símbolo da escola, foi representada 22 no desfile. Numa delas, um drone adaptado voou guiado por um controle remoto. A comissão de frente contou a história da relação do carioca com o mar. As alegorias imponentes também foram destaque, como a de um gigante de 18 metros e o “Cinelândia” que reproduziu um cinema. Ao fim do desfile, a torcida entoou o grito de “é campeão”.
A Unidos da Tijuca foi a última a desfilar. Nos últimos carnavais, criou-se uma expectativa especialmente sobre a comissão de frente da escola. E o criativo carnavalesco Paulo Barros não decepcionou na homenagem Ayrton Senna. Os carros alegóricos coreografados marcaram presença. O segundo carro trouxe pessoas vestidas de guepardos fazendo movimentos coreografados.
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