“Jonathan da Nova Geração” é agredido por seguranças durante show; assista

  • Por Jovem Pan
  • 13/10/2017 16h19 - Atualizado em 13/10/2017 17h02
Reprodução/Instagram Vídeo: “Jonathan da Nova Geração” é agredido por seguranças durante show "Vieram para me matar. Fui discriminado por ser funkeiro", disse ele

Lembra dele? O garoto que aos 7 anos de idade ficou conhecido por cantar a música Jonathan da Nova Geração hoje é o funkeiro Jonathan Costa. Mas dessa vez ele caiu na boca do povo não por um hit chiclete, mas por uma triste cena de violência.

A confusão aconteceu em seu último show, realizado na noite de quinta-feira (12) em Nova Friburgo, Rio de Janeiro. Em um vídeo compartilhado pelo próprio cantor no Instagram, ele aparece apanhando sozinho, brutalmente, de vários seguranças. Em um dos momentos, leva um tapa e é encaixado em um asfixiante “mata leão”.

De acordo com o relato de Jonathan, os contratantes pediram que ele baixasse o som. No volume solicitado, porém, o público não conseguia ouvir sua música, motivo pelo qual ele preferiu encerrar a apresentação. “Família, um beijo no coração de vocês, a gente se encontra, até uma próxima”, diz na gravação. Em seguida, começam as agressões.

“Até agora não consigo acreditar no tamanho da discriminação e violência que eu passei ontem à noite em Friburgo. Fui agredido em cima do palco, fazendo o meu trabalho! Um pai de dois filhos que sai para trabalhar e não sabe se volta para casa. Assim que chegamos ao evento de ontem, os contratantes pediram para que eu tocasse num volume um pouco mais baixo, quase som ambiente – só depois eu fiquei sabendo que era porque o alvará do evento só valia até as 2h da manhã. Eram 3.000 pessoas cantando comigo, que foram ali para me ver tocar. E eu tive que parar o som porque não alcançava todo mundo e com o passar da apresentação eles iam abaixando cada vez mais. Não era a apresentação que o público esperava e nem a metade do que é show. Foi quando eu avisei ao público que iria parar de tocar, mas ficaria ali com eles até o final do horário da apresentação, em respeito a eles”, narrou.

“Eu sugeri que, já que não teve apresentação, que eles poderiam reivindicar o valor pago no ingresso. Foi quando OS SEGURANÇAS vieram com muita violência para cima de mim e da minha equipe, vieram para matar. Quase me mataram! O público começou a gritar ‘Não à agressão’, a jogar gelo nos homens que me agrediam e minha equipe e alguns até subiram no palco para tentar me defender. Foi uma covardia! Só parou porque um policial militar chegou a tempo, me reconheceu e deu a ordem para me soltarem. Se a polícia militar não estivesse na redondeza para efetuar o mandato do alvará de som, poderia ter acontecido coisa pior. Senti a morte chegar. Depois de passar por um momento tão feliz de reconhecimento internacional do nosso funk há uma semana num evento importante em Paris, tenho que passar uma situação dessa aqui no nosso país. Fui discriminado por ser FUNKEIRO. Me agrediram na frente de mais de 3.000 pessoas por eu ser DJ de FUNK. E não sei o que mais me revolta: ser agredido fazendo o meu trabalho ou ser desvalorizado no único lugar do mundo que deveria ter respeito e orgulho de sua cultura. #semviolencia #funkécultura #JonJonOBAILE”, concluiu.

Os responsáveis pelo evento ainda não se pronunciaram.

Confira o vídeo abaixo:

Até agora, assistindo a esse vídeo, não consigo acreditar no tamanho da discriminação e violência que eu passei ontem à noite em Friburgo. Fui agredido em cima do palco, fazendo o meu trabalho! Um pai de dois filhos, que sai para trabalhar, e não sabe se volta pra casa. Assim que chegamos ao evento de ontem, os contratantes pediram para que eu tocasse num volume um pouco mais baixo, quase som ambiente – só depois eu fiquei sabendo que era porque o alvará do evento só valia até as 2h da manhã. Eram 3.000 pessoas cantando comigo, que foram ali para me ver tocar…E eu tive que parar o som porque não alcançava todo mundo e com o passar da apresentação eles iam abaixando cada vez mais. Não era a apresentação que o público esperava e nem a metade do que é show. Foi quando eu avisei ao público que iria parar de tocar, mas ficaria ali com eles até o final do horário da apresentação, em respeito a eles. Eu sugeri que, já que não teve apresentação, que eles poderiam reivindicar o valor pago no ingresso. Foi quando OS SEGURANÇAS vieram com muita violência para cima de mim e da minha equipe, vieram pra matar. Quase me mataram! O público começou a gritar “Não à agressão”, a jogar gelo nos homens que me agrediam e minha equipe e alguns até subiram no palco para tentar me defender. Foi uma covardia! Só parou porque um policial militar chegou a tempo, me reconheceu e deu a ordem para me soltarem. Se a polícia militar não estivesse na redondeza para efetuar o mandato do alvará de som, poderia ter acontecido coisa pior. Senti a morte chegar… Depois de passar por um momento tão feliz de reconhecimento internacional do nosso funk há uma semana num evento importante em Paris, tenho que passar uma situação dessa aqui no nosso país. Fui discriminado por ser FUNKEIRO. Me agrediram na frente de mais de 3.000 pessoas por eu ser DJ de FUNK. E não sei o que mais me revolta: ser agredido fazendo o meu trabalho ou ser desvalorizado no único lugar do mundo que deveria ter respeito e orgulho de sua cultura. #semviolencia #funkécultura #JonJonOBAILE

Uma publicação compartilhada por Jonathan Costa (@jonathancostaoficial) em

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