Call of Duty WWII volta às raízes para recuperar franquia

  • Por Adriano Sarafim/Jovem Pan
  • 16/11/2017 09h01 - Atualizado em 01/02/2018 13h59
Divulgação Call Of Duty WWII O jogo lançado em 3 de novembro recupera a série ao voltar ao combate clássico

Quando Call of Duty Infinite Warfare foi anunciado com temática futurista, lembro de ter feito parte dos fãs da série que ficaram decepcionados, já que esperava o fim trajes e armamentos tecnológicos, além do famigerado salto duplo. Grande parte da comunidade migrou para o concorrente Battlefield I, que criou uma experiência única dentro da Primeira Guerra Mundial. Isso com certeza fez a Activision e seus estúdios finalmente largarem o osso para retornar às origens dos games de FPS em Call Of Duty WWII: as grandes batalhas armadas que viraram história no mundo.

Call of Duty WWII gerou muita expectativa entre os fãs – representado no número de vendas após o lançamento – e se pode dizer que eles não ficaram decepcionados. Com edições anuais, a qualidade da campanha fica muito baseada em sua história. Em WWII, você encarna um dos soldados que vão à França recuperar a Normandia, passando por outros momentos importantes para os Aliados, na guerra contra o Eixo liderado pelo partido nazista da Alemanha de Adolf Hitler.

Joguei no modo veterano e se for se arriscar por esses meios, prepare-se para morrer diversas vezes. Você terá que se manter protegido por diversas vezes, já que a barra de energia não sobe mais sozinha. Use os itens de recuperação de energia com sabedoria.

Uma das coisas que mais me irritam em Call of Duty é o quão imprestáveis são os companheiros de esquadrão. Eles atiram infinitamente e não acertam ninguém. Em todos os momentos de necessidade, você acaba ficando na mão.

Dito isso, o modo história é muito curto e com um enredo já conhecido de muitas pessoas, pois envolve muitos clichês de produções de sobre guerra. Isso, porém, não torna a experiência ruim. O visual está maravilhoso, recriando muito bem o clima intenso do conflito armado mais sanguinário do mundo.

Talvez para não perder o seu DNA, o novo COD não inova tanto. Você em certos momentos controla tanques, torretas para eliminar aviões do Eixo e também participa de uma batalha aérea (melhor momento do jogo para mim). Há também um espaço reservado para uma missão de espionagem, quando precisa contatar um agente duplo numa festa nazista.

Modo Guerra se destaca no online

A cereja do bolo de todo FPS é o seu modo online e a Sledgehammer resolveu fazer algumas mudanças baseadas em outras franquias de sucesso como Overwatch e Destiny.

Há agora um espaço social como no game da Bungie. Nele, você pode pegar contratos para serem cumpridos em um certo período de tempo e que concedem pontos de experiência ou caixas com itens raros e heróicos.

Você também pode comprar contratos mais desafiadores, como matar 100 pessoas em qualquer modo em 40 minutos, com prêmios mais interessantes no fim. Num todo, a decepção no espaço social fica exatamente com a falta de interação com outros jogadores, diferente do que acontece em Destiny.

Além dos modos que já conhecemos, como Team Deathmatch, Kill Confirmed, Domination e Hardpoint, os produtores fizeram uma grande adição para o jogo: Modo Guerra. Aqui você precisa cumprir missões juntos com sua equipe e avançar por três fases até a vitória. Os embates sempre acontecem em dois turnos, onde um você começa no ataque e outro defendendo o território.

A comunicação é essencial para mandar bem, assim como uma disposição correta de itens, como armas de média e curta distância, rifles para abater inimigos à distância, granadas explosivas e granadas de fumaça para despistar a tática dos rivais. Mesmo com algumas derrotas, foi aonde me senti melhor para me divertir no online, deixando de lado o tradicional mata-mata.

Até onde joguei, não tive sérios problemas com os servidores do jogo. Não houve quedas das partidas e nenhum lag absurdo.

Grande elenco no Modo Zumbi

Como de praxe, o tradicional modo zumbi de WWII traz um enredo estrelado de artistas conhecidos. Dessa vez, temos Ving Rhames (Missão Impossível), Katheryn Winnick (Vikings) e David Tennant (Jessica Jones), mas não inova no que diz na jogabilidade. Você ainda precisa sobreviver a ondas de mortos-vivos, comprar itens presentes no local e conseguir a pontuação necessária para avançar ao próximo posto.

A exploração das áreas parece ser mais simples do que foi mostrado e Infinite Warfare e Black Ops III, os dois últimos títulos da franquia. Os mapas também dão a chance da equipe trabalhar melhor em sua sobrevivência.

Opinião final

Call of Duty WWII traz o modelo clássico da série de volta. Mesmo que inove pouco, acredito que o mais importante aqui é manter a sua identidade, pois foi o que conquistou a sua base de fãs nesses últimos anos. Adições pontuais como o modo guerra, mapas bem construídos no multiplayer e uma campanha com enredo clichê, mas não menos emocionante, tornam WWII como um dos melhores games da série.

Nota: 8,0

+ Retorno ao combate clássico
+ Gráficos estonteantes na campanha
+ Modo Guerra
+ Combates mais táticos
+ Espionagem e batalhas aéreas na campanha

– História clichê
– Equipe imprestável na campanha
– Campanha curta
– Falta de exploração em algumas novidades

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