Cenário político da América Latina vive controvérsia por causa dos eSports
Com o crescimento dos eSports, o Senado está tentando regular a prática no Brasil
O crescimento dos eSports na América Latina é uma tendência que envolve a criação de novas equipes, patrocinadores e competições, mas que vem acompanhado da necessidade de novas leis para a regulação dos esportes eletrônicos em alguns países.
Tudo começa com uma simples pergunta: eSports são esportes? Essa questão abriu o debate do projeto de lei 383 de 2017 (PL 383/2017) no Senado brasileiro, medida que busca regular a prática.
Em alguns países latino-americanos as leis indicam que os eSports são esportes como quaisquer outros porque contam com fatores indispensáveis de esportes tradicionais: competidores, prêmios em dinheiro, público e competições.
Em 2017, o Comitê Olímpico Internacional (COI) expressou em comunicado que os eSports “podem ser considerados uma atividade esportiva”.
Isso vem junto com o surgimento de inúmeras confederações e federações para “ajudar” e “incentivar” o mercado dos jogos eletrônicos. O problema é que esse avanço traz dúvidas sobre a “boa vontade” dessas instituições.
Uma audiência comandada pela senadora Leila do Vôlei (PSB-DF) na quinta-feira passada (14), apesar de contar com especialistas dos eSports na sessão, gerou indignação entre a comunidade gamer porque os debates estão sendo realizados por pessoas com pouca participação nesse universo.
O portal especializado em eSports “Draft5” já evidenciou irregularidades no projeto de lei que dá totais poderes às confederações e federações ao assinalar que o filho do senador Roberto Rocha (PSDB-MA) – autor do texto -, Roberto Rocha Jr., é vice-presidente da Confederação Brasileira de Desporto Eletrônico (CBDEL), gerando um conflito de interesses entre a entidade e o mercado de eSports.
Esta é apenas a ponta do iceberg. Como aconteceu com a maioria dos esportes que se profissionalizaram, essas situações são um indício do interesse despertado no setor e tudo o que acontecer a partir de agora servirá para construir bases mais sólidas.
*Com EFE
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