Abertura da Paralimpíada será focada na emoção e terá desfile diferente

  • Por EFE
  • 02/09/2016 16h12
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RJ - JOGOS PARALÍMPICOS / RIO 2016 - CIDADES - Foi inaugurado hoje em Copacabana, Zona Sul do Rio, uma escultura com o símbolo dos Jogos Paralímpicos que acontece do dia 7 ao 18 de setembro no Rio de Janeiro. 02/09/2016 - Foto: PAULO CARNEIRO/AGÊNCIA O DIA/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO PAULO CARNEIRO/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO O símbolo dos Jogos Paralímpicos foi inaugurado nesta sexta-feira em Copacabana

A Cerimônia de Abertura dos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, que acontecerá na próxima quarta-feira no Maracanã, terá menos foco nos aspectos históricos e mais apelo à emoção, além da montagem ao vivo de uma obra de Vik Muniz.

“Ao contrário da cerimônia dos Jogos Olímpicos, que teve que remeter à história, população e cultura do Brasil, nós tivemos mais liberdade para montar um espetáculo diferente. Será uma cerimônia muito mais humana e multissensorial”, afirmou o escritor Marcelo Rubens Paiva, um dos diretores criativos do evento.

O romancista disse que a festa que marca o início das competição foi idealizada mais com intuito de causar impacto aos espectadores e menos com o objetivo de apresentar o país ao mundo.

“É lógico que apresentaremos as praias do Rio de Janeiro e o samba, mas nossa prioridade é valorizar a humanidade, transmitir uma mensagem de tolerância e impactar os sentidos. Teremos um espetáculo cuja a intenção não é contar uma história, mas sim, emocionar”, disse Paiva, em entrevista coletiva.

Um dos pontos altos da cerimônia será uma gigantesca obra de arte de Vik Muniz, que será montada ao vivo durante o desfile das delegações dos 176 países que disputarão os Jogos Paralímpicos. Ao todo, serão 500 placas, carregadas pelos atletas, que serão unidas para formar um mosaico, que só será revelado depois de pronto. O artista plástico, aliás, é outro integrante do trio de diretores criativos, que também conta com o designer Fred Gelli.

O desfile das delegações será uma novidade da Abertura, pois acontecerá no decorrer de apresentações musicais e artísticas. Os primeiros esportistas entrarão no Maracanã já com 18 minutos de cerimônia e não apenas na parte final. “Foi para atender um pedido dos próprios paratletas, que se queixaram que precisam ficar muitas horas fora do estúdio, e aí perdiam o espetáculo”, explicou Paiva.

Entre as apresentações musicais confirmadas estão Maria Rita, Diogo Nogueira, Monarco, Teresa Cristina, Pretinho da Serrinha, além de Gabrielzinho de Irajá, deficiente visual que terá papel de destaque na cerimônia.

O diretor de cerimônias dos Jogos Paralímpicos, Leonardo Caetano, afirmou que a equipe logística será similar a da Abertura da Olimpíada, com cerca de 2 mil técnicos. Além disso, 2 mil voluntários e 500 artistas participarão da festa, incluindo duas companhias de dançarinos em cadeira de rodas.

Atletas paralímpicos e esportistas com necessidades especiais também farão parte do evento, como a americana Amy Purdy, medalhista no snowbord dos Jogos Paralímpicos de Inverno, que utiliza próteses nas duas pernas. “Estou muito empolgada. Será uma experiência incrível. Minha apresentação tem a ver com a relação entre o homem e a tecnologia”, disse a atleta.

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