ABIN detecta mensagens sobre EI e monitora chapecoense há 3 anos

  • Por Jovem Pan
  • 17/06/2016 13h46
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Exercício conjunto de enfrentamento ao terrorismo 10/05/2016, Goiânia - GO Fotos: Gilberto Alves/Ministerio da Defesa Gilberto Alves / Ministerio da Defesa Treinamento anti-terrorismo no Brasil

 Equipes de inteligência que atuam no plano de segurança das Olimpíadas detectaram a abertura de uma conta em português no aplicativo Telegram para a troca de informações sobre o Estado Islâmico.

A existência da conta foi confirmada pela Agência Brasileira de Inteligência, mas não há mais detalhes sobre o eventual monitoramento dos usuários. Supostamente, um brasileiro morador de Chapecó, estaria sendo monitorado há três anos, sob suspeita de ser um “lobo solitário”. Há a possibilidade de que essa conta seria usada para recrutar brasileiros para atuar em nome da célula no Brasil.

A menos de 50 dias, o Rio de Janeiro vai sediar os jogos olímpicos e a cerimônia de abertura deve reunir 100 chefes de estado do mundo todo. Ao ser questionado do risco de um ataque terrorista, o superintendente regional da ABIN, Frank Oliveira, disse que a entidade não teme um atentado porque não existe chance disso acontecer.

É a segunda vez que foi detectada uma movimentação de terroristas sobre o Brasil. Recentemente, um diretor da ABIN revelou que o Twitter de um suposto terrorista ligado ao Estado Islâmico foi monitorado com supostas ameaças ao Brasil e os jogos olímpicos.

O secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, criticou esse tipo de vazamento de informação, por causar alarde desnecessário e diz que o trabalho da inteligência é prevenir eventuais ameaças: “Essas cosias a gente não fala, a gente trabalha e antecipa a possibilidade de alguma coisa vir a acontecer”.

O governo do Rio espera receber um sinal positivo para que militares das forças armadas possam atuar no patrulhamento de vias expressas durante os jogos. A demanda feita pelo estado ao governo federal é que sejam liberados de 12 a 13 mil militares que começarão a patrulha no fim de julho e ficarão na cidade até setembro, com o fim dos jogos paralímpicos. Até agora, o estado do Rio de Janeiro não está seguro que vai ter os cerca de 9 mil homens da força nacional de segurança prometidos para atuar nas arenas e instalações olímpicas dos jogos”.

Informações do correspondente da Jovem Pan no Rio de Janeiro, Rodrigo Viga.

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