Acusado de chefiar máfia de venda de ingressos se entrega à Justiça
O diretor-executivo da Match Services
Raymond WhelanRaymond Whelan, diretor-executivo da Match Services, empresa parceira da Fifa na organização da Copa do Mundo de 2014, se entregou à Justiça nesta segunda-feira (14), no Rio de Janeiro (RJ), após ser acusado de chefiar a máfia que comercializava ingressos do Mundial de forma ilegal.
O empresário estava foragido desde o meio da semana passada, quando estava sendo procurado pela polícia, e teve um pedido de habeas corpus negado. Antes, na segunda-feira passada, ele já havia sido preso, mas horas depois recebeu um habeas corpus e foi liberado.
Depois de sair da prisão, o diretor da Match retornou às suas atividades, mas acabou se entregando depois de muita negociação entre seus advogados e a polícia.
Ao todo, são 12 indiciados pelo caso da máfia de ingressos. Além de Whelan, um dos líderes do suposto esquema é o franco-argelino Lamine Fofana, que tem trânsito livre dentro da Fifa.
Quase 200 ingressos foram apreendidos pelo Polícia Civil, além de dinheiro e máquinas de cartão de crédito.
Whelan deve ser acusado de crimes de cambismo, associação criminosa, lavagem de dinheiro e sonegação.
A Fifa diz que não tem responsabilidade sobre o esquema. Em entrevista coletiva, Jérôme Valcke, secretário-geral da entidade máxima do futebol mundial, negou que a Fifa não tenha criado maneiras de evitar o comércio ilegal de ingressos.
“A Fifa nunca disse que não faria nada para evitar a venda de ingressos de forma ilegal. Estamos todos contra isso. O que eu quero dizer é que podem existir muitas histórias, mas não se pode dizer que a Fifa não combata isso, estamos 1000% contra isso. Pessoas foram presas. Colaboramos com as autoridades e damos todo apoio”, declarou Valcke.
O secretário-geral da Fifa também lembrou do caso semelhante ocorrido no Mundial realizado na África do Sul, em 2010, e frisou que a entidade não tem como controlar integralmente a venda das entradas.
“Acho que nunca conseguiremos dar fim à venda de entradas fora do sistema da Fifa. Temos uma parte que se destina para hospitalidade, varejo e o site fifa.com. Vendemos tudo pelo valor nominal, nunca com valor agregado. Temos três milhões de entradas fora do sistema. O que eles fazem com essas entradas é algo que é preciso combater. Temos um sistema para o publico. Para que eles possam revender os ingressos, se eles não serão usados. Temos uma plataforma apropriada para isso”, finalizou.
*com informações da Agência EFE
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